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Guarda entre os distritos onde mais se registam casos de tráfico de humanos


A Rede Regional do Centro de Apoio e Proteção às Vítimas de Tráfico registou 16 vítimas este ano. Segundo Vera Carnapete, coordenadora da equipa especializada daquela entidade, a maior parte das vítimas sinalizadas chegam dos distritos da Guarda, Viseu e Leiria.

Segundo a coordenadora da equipa, a maior parte das vítimas sinalizadas chegam dos distritos da Guarda, Viseu e Leiria, sendo expectável uma maior presença de tráfico de seres humanos no interior da região Centro, apesar de se registarem também situações no litoral.
“Castelo Branco e Guarda seriam distritos mais propensos e calcula-se que haja mais vítimas nessas zonas”, refere, sublinhando que a rede tem neste momento o objetivo de garantir mais parceiros nas zonas onde tem menor cobertura e onde o tráfico, nomeadamente para exploração laboral, possa estar mais presente.
De um total de 34 sinalizações neste ano pela rede, resultaram 16 presumíveis vítimas de tráfico de seres humanos, oito homens e oito mulheres, de várias nacionalidades, registando-se cidadãos nacionais bem como oriundos de países tão distintos como Paraguai, Paquistão, Nigéria ou Moldávia, disse à agência Lusa a coordenadora da equipa multidisciplinar especializada (EME) da região, Vera Carnapete, referindo que há mais casos de exploração laboral do que sexual no Centro.
Segundo Vera Carnapete, “há situações em que existe uma sinalização, mas em que, depois, não se trata de tráfico”, estando, porém, relacionadas com outros crimes e formas de exploração ou violência, como auxílio à imigração ilegal, exploração laboral sem tráfico, lenocínio ou violência doméstica.
Sónia Araújo, coordenadora da EME do Centro, justifica o crescimento do número de sinalizações de presumíveis vítimas com um aumento da sensibilização da população, uma crescente formação de técnicos e dos órgãos policiais, bem como com um alargamento da própria rede, que já conta com mais de 50 instituições envolvidas na região.

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