
Número de denúncias de vespa asiática aumentou
A presença de vespa asiática em Portugal motivou 508 denúncias de cidadãos durante este ano, localizadas maioritariamente no distrito do Porto (133), verificando-se um aumento do número de avistamentos desde 2017, revelou esta terça-feira a Guarda Nacional Republicana (GNR).
Designada cientificamente por vespa velutina, a vespa asiática registou o primeiro avistamento em Portugal em 2011, no distrito de Viana do Castelo, e, “desde aí, tem vindo a deslocar-se para o sul do país, sendo que Lisboa, até agora, é o distrito mais a sul onde existe a presença da vespa velutina”, disse Ricardo Vaz Alves, do Serviço da Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR.
Em termos de localização, os distritos onde se registaram mais denúncias, ao longo deste ano, foram Porto (133), Braga (92), Viseu (60), Aveiro (53) e Coimbra (50). Segundo o responsável do SEPNA, a vespa asiática adapta-se aos espaços que lhe são oferecidos para polinizar e, também, para nidificar, pelo que “não há uma distinção entre espaços rurais e espaços urbanos” na distribuição e expansão desta praga em território nacional. No entanto, a vespa asiática escolhe, preferencialmente, locais com menos perturbação, o que explica “os espaços rurais serem mais atrativos para a sua instalação”.
As denúncias devem ser feitas para a linha SOS Ambiente e Território — 808 200 520. Relativamente ao plano de ação, a GNR, através do SEPNA, tem participado nas ações de vigilância, controlo e destruição, assim como nas ações de formação e divulgação, além de efetuar o tratamento e encaminhamento de todas as denúncias recebidas através linha SOS Ambiente e Território.
Neste âmbito, Ricardo Vaz Alves apelou para que os cidadãos evitem fazer a destruição dos ninhos, “uma vez que, caso a destruição não seja a 100% do ninho, a vespa vai nidificar noutro local, persistindo o problema, dai que a destruição deva ser feita apenas pelas autoridades, neste caso serviços municipais de proteção civil”.