
Visitantes das Aldeias Históricas permanecem um a dois dias na região que visitam
Os visitantes das Aldeias Históricas de Portugal ficam alojados, em média, entre um a dois dias, e visitam três aldeias. Os dados constam do estudo PlowDeR apresentado em Linhares da Beira, no concelho de Celorico da Beira, distrito da Guarda, esta quarta-feira.
A Associação de Desenvolvimento Turístico das Aldeias Históricas de Portugal (AHP) apresentou esta quarta-feira os resultados do projeto pioneiro, denominado PlowDeR, que serve para medir o impacto económico e social das atividades geradoras de riqueza nos territórios de baixa densidade.
O projeto foi desenvolvido pela AHP, a Universidade de Aveiro, o Instituto Politécnico da Guarda e a Turismo Centro de Portugal.
No estudo é salientado que o orçamento médio de cada visitante das 12 aldeias da rede das AHP “é de 546,95 euros” e que, “em média, os visitantes ficam alojados entre um a dois dias, visitando, em média, três aldeias”.
O projeto, coordenado por Carlos Santos, conclui também, entre outros pontos, que os alojamentos mais procurados pelos turistas são os existentes no espaço rural e que a maior motivação dos visitantes “relaciona-se com o património histórico e cultural do concelho [onde se situam as Aldeias Históricas] seguida do contacto com a natureza e com a ruralidade”.
Para os autores do estudo, o projeto PlowDeR é “um ponto de partida para dar resposta efetiva à manutenção de um sistema de indicadores que permita analisar o impacto social e económico da atividade turística nos territórios de baixa densidade”
No âmbito do projeto, foi desenvolvida uma plataforma tecnológica, denominada ILDA – Indicators for Low Density Areas, para permitir a recolha e a gestão dos dados obtidos.
António Robalo, presidente da AHP, disse na sessão de abertura do seminário desta quarta-feira, realizado na Aldeia Histórica de Linhares da Beira, que o projeto “é uma mais-valia” para a rede e “para aqueles que trabalham processos de diferenciação dos territórios, particularmente no turismo”.
Já para Pedro Machado, presidente da entidade de Turismo do Centro, o estudo trata-se de uma ferramenta importante para perceber quem visita o território, as motivações por que o visitam e quanto gastam.