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Diretor: Paulo Menano

Idanha-a-Nova destacada como Exemplo Nacional de Inovação Cultural


O Município de Idanha-a-Nova foi destacado como um exemplo notável no Atlas Artístico e Cultural de Portugal, resultado de uma parceria entre a Direção Geral das Artes (DGARTES) e o Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, através do Observatório Português das Atividades Culturais (OPAC).
O Atlas foi elaborado em resposta ao Programa de Estabilização Económica e Social, aprovado pelo Governo em 2020, e aponta Idanha-a-Nova como um caso de sucesso no panorama cultural nacional, especialmente pela sua preservação do património imaterial, com ênfase na música tradicional.
Reconhecida pela UNESCO como Cidade Criativa na área da música, desde 2015, Idanha-a-Nova destaca-se por ter transformado o seu território em um polo de inovação cultural, cruzando tradição e modernidade.
Ao contrário de muitos municípios do interior, que enfrentam dificuldades no acesso e na dinamização cultural, Idanha-a-Nova conseguiu preservar e revitalizar suas tradições musicais, como o toque do adufe e as festividades tradicionais, atraindo visibilidade internacional.
O Atlas salienta que Idanha-a-Nova diferencia-se pela sua inserção em redes culturais nacionais, como a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC) e a Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP).
Essas conexões ampliam o acesso a uma programação cultural diversificada, caracterizando o território como um centro cultural dinâmico.
Em termos de impacto económico e social, eventos culturais de grande escala, como o Boom Festival têm contribuído significativamente para o desenvolvimento local, atraindo turistas internacionais e gerando uma injeção económica importante na região.
O festival, além de promover a sustentabilidade e responsabilidade social, é um exemplo do potencial de Idanha-a-Nova para competir com grandes eventos realizados em Municípios do litoral, como Cascais e Lisboa, que tendem a focar no turismo de luxo.
O Atlas conclui que Idanha-a-Nova é um exemplo de boas práticas culturais em Portugal, que equilibra a preservação do património imaterial com inovação.
Carateriza também Idanha-a-Nova como um exemplo inspirador de territórios de baixa densidade que podem desenvolver uma oferta cultural robusta e sustentável, competindo com os grandes centros urbanos e mostrando que a coesão territorial e a descentralização cultural são caminhos viáveis para o desenvolvimento.