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Diretor: Paulo Menano

Apagão nacional: o relato de mais de 10 horas sem luz em Portugal


O apagão geral de luz que está ainda a afetar o território nacional continental e também Espanha e França causou gigantes constrangimentos por todo o país, levando a um caos generalizado em muitos casos, nomeadamente na região da Beira Interior. Filas em supermercados e postos de combustível, trânsito congestionado e desgovernado em zonas de movimento e muito receio pela falta de respostas geral.

Mesmo a esta hora, depois de mais de 10 horas sem energia a nível nacional e com a luz a ser retomada gradualmente a todo o país e praticamente reposta em toda a região da Beira Interior neste momento, ainda não existem explicações concretas, mas são apontadas várias possíveis causas relacionadas com oscilações intensas em linhas de alta tensão em França e em Espanha, que obrigaram a um corte preventivo de energia por toda a Península Ibérica. Esta também terá falhado em algumas zonas de França, mas foi entretanto reposta ainda durante a manhã e em Espanha durante a tarde.

A luz faltou pelas 11.40 horas e a corrida aos supermercados com geradores foi gigante nas horas seguintes. Na cidade da Covilhã por exemplo o Continente, única loja aberta com recurso a gerador no Serra Shopping e também no Canhoso, tinha filas intermináveis de clientes a comprar bens de primeira necessidade e que não precisam de refrigeração , porque os terminais de pagamento ainda estavam a aceitar multibanco. Vários bens ficaram esgotados por completo e com prateleiras completamente vazias, numa situação muito semelhante à que se viveu no começo da pandemia da Covid-19: água, conservas (atum, leguminosas), refeições prontas, pão, entre outros.

Existiram também muitos postos de combustível encerrados por inoperacionalidade dos sistemas, inclusivamente a Galp decidiu fechar todos os pontos do país, entre muitas outras empresas de fornecimento, e claro os carros elétricos em geral que estiveram sem poder circular para poupar bateria sem possibilidade de carregamento. Em geral a grande maioria dos serviços e empresas não essenciais encerrou portas e enviou os trabalhadores para casa logo durante a tarde de hoje, embora em alguns casos se tenham mantido em serviço à espera da retoma da normalidade que acabou por não acontecer durante o horário útil desta segunda-feira.

A Proteção Civil foi aconselhando calma e ponderação, pedindo que se evitassem deslocações desnecessárias e atitudes de desespero que causassem problemas. Pediu-se ainda cautela no trânsito automóvel já que a grande maioria dos semáforos estiveram sempre desativados. Os serviços essenciais nacionais como hospitais, centros de saúde e polícias estiveram sempre a funcionar à base de geradores e sem problemas de maior.

FOTOGRAFIA: SERRA SHOPPING NA COVILHÃ