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Diretor: Paulo Menano

Plataforma apela ao Governo pela suspensão das portagens da A23 e A25 até ao final do ano


Plataforma apela ao Governo por ‘medidas extraordinárias’ face o atual cenário de crise económica e social, defendendo a suspensão das portagens até ao final do ano. As recentes declarações à Comunicação Social da Senhora Ministra da Coesão Territorial, Professora Ana Abrunhosa, proferidas no passado dia 24 de abril, aquando da sua deslocação à Covilhã, assumindo o adiamento dos descontos nas portagens das antigas Scuts devido à pandemia, motivou uma reação da Plataforma p’la Reposição das Scuts A23 e A25 que reuniu após o levantamento do estado de emergência, tornando agora público o seu entendimento face à posição tomada pelo Governo.
Assim, a Plataforma faz saber que endereçou esta semana um ofício à Senhora Ministra da Coesão Territorial, manifestando o seu descontentamento perante a decisão tomada, afirmando que o facto de adiar o processo tendente à abolição das portagens “é contraproducente do ponto de vista económico, financeiro e social”, salientando ainda que “o Interior do País, dada a sua situação de fragilidade, está já a sentir de forma ainda mais intensa e dura as consequências da pandemia” no seu tecido económico e social “absolutamente devastadoras para a tão desejada coesão económica e social.”
As várias entidades regionais que constituem a Plataforma p’la Reposição das Scuts, referem que perante as atuais circunstâncias de crise, não desprezando a componente económica, “o mais importante é tomar decisões e adoptar medidas de política que ajudem a atenuar as dificuldades das empresas e das populações”, sublinhando que os custos com o processo de abolição das portagens são “ínfimos” quando comparados com os custos da destruição do tecido económico e social que arrastará consigo “mais despovoamento e mais subdesenvolvimento do Interior”.
Perante o actual cenário, a Plataforma, mantendo a posição de princípio de que as portagens devem ser abolidas, apela ao Governo por “medidas extraordinárias”, que cheguem rapidamente às empresas e trabalhadores para garantir a sobrevivência da economia regional. Neste sentido, a plataforma defende “a suspensão das portagens pelo menos até ao final do ano corrente, como forma de amenizar os impactos do Coronavírus na vida das pessoas e das empresas”, acrescentando que a suspensão terá ainda como objetivo “estimular o turismo interno, que permanece paralisado pela COVID-19 e que é fundamental retomar”.