Mais Beiras Informação

Diretor: Paulo Menano

Autárquicas 21: Entrevista a Pedro Farromba, candidato à Câmara Municipal da Covilhã, pela coligação «Juntos Fazemos Melhor»


Após quatro anos de mandato, retomam agora as eleições para as Autárquicas 2021 e o Mais Beiras Informação decidiu ir ao encontro dos candidatos, colocando-lhes algumas questões, para que possam partilhar a sua visão e planos para o futuro do Município a que se candidatam. Pedro Farromba é o candidato, pela coligação “Juntos Fazemos Melhor”, que une PSD, CDS-PP e IL à Câmara Municipal da Covilhã.

 

Quais os motivos da sua candidatura a estas Autárquicas?

A Covilhã passou 8 anos parada, sem perspectivas de futuro, vendo empresas e pessoas sair do Concelho onde, nestes últimos 8 anos, a única perspectiva de emprego era nos serviços da Câmara. A falta de estratégia, de projectos e de entendimento com as diversas entidades do Concelho e mesmo da região levou a um isolamento e a uma perda da hegemonia regional que tem vindo a prejudicar o futuro do Concelho e dos Covilhanenses. Dessa forma entendemos ser urgente, face ao estado de calamidade que este executivo deixou o Concelho juntar um grupo alargado de pessoas para pensarmos e propormos alternativas para o futuro.

 

O que considera ter de diferente dos outros candidatos, para se candidatar a este mandato?

Considero que consegui reunir a melhor equipa, com experiência de gestão, com carreiras firmadas na sua vida profissional, que não dependem da política e que entenderam, face ao estado lastimável do Concelho, dar a cara por um projecto de mudança. Da minha parte reúno a experiência pessoal, profissional e política para dar corpo a uma alternativa de que tanto a Covilhã precisa.

 

Quais os setores que considera importantes impulsionar ou melhorar na região?

Seguramente a fixação de pessoas e por consequência o emprego é o principal. Podemos ter um concelho fantástico, mas sem pessoas de nada serve termos saúde, educação ou cultura. Precisamos das pessoas que a actual gestão camarária não soube reter nem cativar para aqui residir. O emprego vai ser a nossa grande aposta para os próximos 4 anos a par da cultura, da regeneração urbana e do turismo

 

Nestes quatro anos que passaram, o que faria de diferente relativamente ao executivo Camarário vigente?

Não caberia apenas num paragrafo a minha resposta pois realmente faria tudo diferente. Desde logo não perseguir as pessoas por pensarem diferente ou por quererem lutar por melhores condições de vida, incentivar ao diálogo entre instituições tão importantes para o nosso concelho, como a UBI e seguramente saber “vender” a cidade a investidores criando riqueza e emprego. A par disto trabalhar a acção social e a cultura de forma diferente e sem medo de apostar nas produções locais que tanto nos deviam orgulhar.

 

Acredita que os recursos de que dispõe a Câmara são suficientes para fazer face às necessidades dos cidadãos que aqui residem?

A gestão dos recursos é sempre o maior desafio de um gestor, seja ele publico ou privado. Da minha parte sei onde e como aumentar os recursos disponíveis para fazer face aos projectos que queremos desenvolver. Não me assusta ser criativo para gerir melhor os recursos, foi isso que fiz em toda a minha vida

 

Sendo um concelho situado no Interior, que políticas acredita serem necessárias implementar pelo Governo para diminuir o despovoamento e desertificação?

Penso já ter respondido acima, a criação de emprego, a atração de investimento e o acarinhamento dos empresários que ainda cá se mantêm são e serão sempre fundamentais para inverter o declínio. Nunca aceitarei resignado esta situação, como esta câmara fez. Lutarei por emprego e por condições de vida para todos os Covilhanenses

 

Que medidas pretende implementar para captar investidores para o concelho?

Iremos apresentar o nosso programa no dia 30 e aí iremos divulgar para além das medidas de curto prazo para os próximos 4 anos, um plano estratégico para os próximos 10 anos.

 

Como acha que deve a Câmara proceder, para procurar fazer face ao desemprego crescente na região?

Permitam-me discordar da vossa pergunta. Não existe um crescente de desemprego porque deixou de haver pessoas. Há aliás ofertas de emprego por preencher porque, nestes últimos 8 anos, as pessoas foram-se embora. A grande batalha dos próximos anos é trazer pessoas para aqui residir.

 

Que conselho daria a um deslocado em busca de novas oportunidades no Interior?

Essa resposta darei a partir de dia 27 de setembro. Vamos crescer em população cativando para regressar os filhos da terra que a tiveram que abandonar face á trágica gestão deste últimos 8 anos mas também aliciando estrangeiros para vir para aqui viver. A Câmara irá fazer diretamente esse caminho.

 

Fernando Gil Teixeira