Mais Beiras Informação

Diretor: Paulo Menano

Autárquicas 21: Entrevista a Sónia Cunha, candidata pelo PS à Freguesia de Almeida


Após quatro anos de mandato, retomam agora as eleições para as Autárquicas 2021 e o Mais Beiras Informação decidiu ir ao encontro dos candidatos, colocando-lhes algumas questões, para que possam partilhar a sua visão e planos para o futuro da Freguesia a que se candidatam. Sónia Cunha é candidata pelo Partido Socialista à Junta de Freguesia de Almeida.

 

Quais os motivos da sua candidatura a estas Autárquicas?

Não sou uma pessoa politica, nem é a politica que me move para esta candidatura. A candidatura surgiu de um convite inesperado por parte no nosso candidato à Câmara Municipal de Almeida, Alexandre Gonçalves. O que me fez aceitar foi a inércia e apatia que presenciei nos últimos anos relativamente à freguesia e ter uma equipa que tal como eu só quer cuidar de Almeida.

 

O que considera ter de diferente dos outros candidatos, para se candidatar a este mandato? 

Creio que a minha candidatura se destaca das restantes pelo facto de ser independente, com o apoio do Partido Socialista, mas não deixa de ser independente. E como já disse atrás não tenho objetivos políticos, somente quero trabalhar em prol da minha terra.

 

Quais os setores/áreas/investimentos que considera importantes impulsionar ou melhorar na região?

O futuro da vila de Almeida passa pelo turismo inevitavelmente e para isso é preciso criar condições para receber todo o tipo de pessoas, tal como ter um parque de caravanas com todas as condições essenciais, casas de banho condignas, parques de merendas, e tudo que é necessário para receber quem está de passagem. O turismo tem que ser visto em pleno com planificação para o ano inteiro; aumenta a economia local, cria postos de trabalho e atrai investidores.

A habitação é outro problema, pois a oferta é escassa e existem muitas casas quase ao abandono, não existindo uma politica de incentivo à recuperação das mesmas.

Os negócios associados ao sector ambiental poderiam ser uma solução na região, no entanto não são explorados.

 

Que análise faz aos últimos quatro anos da Freguesia?

No meu ponto de vista nos últimos 4 anos a junta fez simplesmente trabalho burocrático e de manutenção, apesar de agora no final do mandato ter feito obras no edifício do antigo Centro de Saúde; obras essas que ficaram muito aquém do projeto apresentado nas últimas eleições; e de ter colocado os números policias juntamente com o município em locais onde estavam prometidos há mais de 10 anos.

 

Acredita que os recursos, que a Junta dispõe, são suficientes para fazer face às necessidades dos cidadãos que aqui residem?

Não são suficientes pois a junta não tem fontes de rendimento nem pessoal suficiente para as necessidades da freguesia. Há competências que são da junta e estão absorvidas pelo município dificultando assim a intervenção da junta na resolução de muitos problemas sentidos na freguesia.

 

Sendo uma Freguesia situada no Interior, que políticas acredita serem necessárias implementar pelo Governo para diminuir o despovoamento e desertificação?

Eu acredito na regionalização, na descentralização de poder, acompanhada como é lógico dos devidos orçamentos adjudicados para o efeito.

 

Que medidas pretende implementar para captar investidores para a freguesia?

Dificilmente a junta terá capacidade de implementar medidas com o intuito especifico de captar investidores, no entanto, como disse já atrás melhorar as condições para receber turistas contribui para mais investimentos no futuro. 

 

Como acha que deve a Junta de Freguesia proceder, para procurar fazer face ao desemprego crescente na região?

Relativamente ao desemprego a junta só terá capacidade para pesquisar e dar conhecimento à população de oportunidades de investimento através de fundos comunitários, pois não existe até ao momento nenhum gabinete de apoio ao cidadão na secção do empreendorismo.

 

Que conselho daria a um deslocado em busca de novas oportunidades no Interior?

Na nossa zona de interior para além das oportunidades ligadas ao turismo temos muita falta de serviços essenciais, tais como eletricistas, canalizadores, reparações de eletrodomésticos, reparação de material informático, etc., que nos obriga a deslocações a outras zonas limítrofes, por isso creio que seriam áreas de boas oportunidades de negócio. Temos também falta de investimento no sector ambiental, tal como recolha de óleos alimentares usados, aproveitamento de matéria prima resultante da limpeza de mato, recolha de caroços de azeitona junto a lagares e resíduos similares.