Mais Beiras Informação

Diretor: Paulo Menano

Autárquicas 21: Entrevista a Mónica Ramôa, candidata da CDU à União de Freguesias de Teixoso e Sarzedo (Covilhã)


Após quatro anos de mandato, retomam agora as eleições para as Autárquicas 2021 e o Mais Beiras Informação decidiu ir ao encontro dos candidatos, colocando-lhes algumas questões, para que possam partilhar a sua visão e planos para o futuro do Município a que se candidatam. Mónica Ramôa é a candidata da CDU à União de Freguesias de Teixoso e  Sarzedo, na Covilhã.

 

Quais os motivos da sua candidatura a estas Autárquicas e quais os pilares da mesma?

Apresento-me como candidata da CDU, à Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Teixoso e Sarzedo, com a forte convicção de que é possível desenvolver uma outra política para este território, que esteja mais próxima das aspirações das pessoas, inclusiva, comprometida com o desenvolvimento sustentável e promotora de coesão territorial, social, cultural e desportiva.

O que considera ter de diferente relativamente aos outros candidatos?

Terei muitas caraterísticas que me distinguem dos outros candidatos, contudo parece-me que o importante é o que distingue a candidatura, a minha candidatura, a candidatura CDU, das outras candidaturas. Isto é, o modo como perspetivamos o desenvolvimento da União de Freguesias de Teixoso e Sarzedo, a forma como o faremos, o projeto que delineamos para este território. Nós temos um projeto de desenvolvimento para este território, bem refletido, cientificamente contextualizado e assente naquilo que é a realidade das pessoas, das empresas e das associações e coletividades da União de Freguesias de Teixoso e Sarzedo. Projeto este que contém um conjunto de objetivos e estratégias associadas que promoverão, estamos certos, uma vida melhor para quem cá vive e trabalha. Estou convicta de que este território, no seu todo, tornar-se-á, com o nosso projeto, um lugar muito bom para viver e trabalhar, capaz de atrair e fixar pessoas. Esta visão integradora do território é também uma das diferenças em relação às outras candidaturas. E, por último, mas não menos importante, temos a nossa, da CDU, máxima distintiva que é trabalho, honestidade e competência.

Quais os setores/áreas/investimentos que considera importantes impulsionar ou melhorar a freguesia?

Como a União de Freguesias de Teixoso e Sarzedo, há já algumas décadas, não recebe investimentos de monta que permitam catapultar este território para uma situação facilitadora de progresso, serão necessários investimentos em todas as áreas. Mas, de facto, prioritárias serão as que dizem respeito à criação de condições que promovam a melhoria de vida das populações. Assim, o investimento na criação de condições para se dotar o território de coesão, tal como, investimento em intervenções que permitam a salvaguarda e o usufruto do ambiente e da prática desportiva, a ação cultural e o desenvolvimento de um urbanismo promotor de inclusão e que não garroteie o futuro. Investimento nos transportes públicos e nos acessos pedonais e cicláveis, que unam todos os núcleos urbanos da UF de Teixoso e Sarzedo. Investimento na criação de emprego. É claro que as competências de uma Junta de Freguesia estão inscritas na Lei nº 75/2013 de 12 de setembro, mais concretamente, no seu artigo 16.º.

Qual a análise que faz aos últimos quatro anos da freguesia?

Para nós será mais importante refletir, não sobre o passado, mas sobre que futuro queremos construir para a União de Freguesias de Teixoso e Sarzedo. O passado é importante estudar e compreender, mas o futuro é que é o tempo resistente, como diz o poeta. E sobre esse futuro, temos um projeto, temos capacidade e temos uma grande motivação de lutarmos, trabalharmos e ajudarmos a construir um território que responda, em pleno, aos desafios do século XXI.

Como olhar para os dados dos últimos Censos da freguesia divulgados em Julho pelo INE?

A União de Freguesias de Teixoso e Sarzedo, sofreu o impacto, como todo o interior do país, de décadas de políticas que não investem no interior, diminuindo os serviços públicos, degradando as condições de vida das populações, esvaziando a possibilidade de emprego e progressão. Ao longo de todos estes anos, foram sendo retirados futuros deste território. Daí que não cause grande estranheza, apesar de ser revoltante, obviamente, a sangria populacional. A população, na União de Freguesia de Teixoso e Sarzedo, decresceu 13.7%, em relação a 2011. São menos 613 habitantes. Muitas pessoas saíram, outras faleceram, mas também, apesar do saldo ser negativo, muitas vieram viver para este território. Serão também essas que construirão uma União de Freguesias voltada para o futuro. Há também um aspeto muito interessante revelado pelos resultados preliminares dos Censos 2021, é que esta União de Freguesias é a que tem o maior diferencial entre o número de população do género masculino e do género feminino. O que determina que qualquer política de desenvolvimento sustentável e integrado terá, obrigatoriamente, de contar com a população feminina. Daí que, como mulher, estarei em melhores condições de poder fazer valer essa particularidade do nosso território.

Falando de uma freguesia localizada num concelho situado no Interior, que políticas acredita serem necessárias implementar pelo Governo para diminuir o despovoamento e a desertificação desta região?

Diria três palavras: investimento, investimento, investimento.

 

Fernando Gil Teixeira