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Diretor: Paulo Menano

Campanha eleitoral do PS da Covilhã suspensa até segunda-feira


Jorge Sampaio pautou a sua vida por uma cidadania em defesa dos valores democráticos e de esquerda, foi um reconhecido homem de causas e de ideais, que deixa um legado notável em todos os cargos que exerceu.

Defensor da democracia, foi um dos protagonistas, na Universidade de Lisboa, da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, até ao 25 de Abril de 1974. Homem de esquerda e advogado de formação, teve um papel de relevo na defesa de presos políticos, assumindo a defesa de casos célebres como a defesa dos réus do assalto ao Quartel de Beja, o caso da ‘Capela do Rato’, em que foram presas dezenas de pessoas que protestaram contra a guerra colonial.

Depois do 25 de Abril de 1974, militou em formações de esquerda, como o MES, integrou o último Governo Provisório de Vasco Gonçalves e em 1978 acabaria por aderir ao Partido Socialista, onde se tornaria mais tarde, secretário-geral do PS (1989-1992).

Foi Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995), onde se revelou pioneiro ao liderar a maior coligação de partidos de esquerda na autarquia de Lisboa.

Presidente da República (1996 e 2006), demonstrou coragem e sentido de estado na sua Presidência de 10 anos, procurando exercer uma política de proximidade com os portugueses.

No plano internacional, apoiou a luta pela autodeterminação e independência de Timor-Leste.

Mais recentemente assumiu causas internacionais como Enviado Especial para a Luta Contra a Tuberculose e mais recentemente como Alto Representante da ONU para Aliança das Civilizações, onde continuou a construir pontes, na defesa dos mais desfavorecidos, presidindo atualmente a Plataforma Global para os Estudantes Sírios, que o próprio fundou em 2013.

O Partido Socialista da Covilhã prestou a sua respeitosa homenagem “à memória de um Camarada e um Homem que nos merece todo o respeito e admiração”, e endereça as mais sentidas condolências à família e amigos.

O Partido Socialista da Covilhã decidiu por isso suspender todas as ações de campanha programadas até à próxima segunda-feira.