Mais Beiras Informação

Diretor: Paulo Menano

Autárquicas 21: Entrevista a Sérgio Costa, candidato do Movimento Pela Guarda ao Município da Guarda


Após quatro anos de mandato, retomam agora as eleições para as Autárquicas 2021 e o Mais Beiras Informação decidiu ir ao encontro dos candidatos, colocando-lhes algumas questões, para que possam partilhar a sua visão e planos para o futuro do Município a que se candidatam. Sérgio Costa é candidato pelo Movimento Pela Guarda ao Município da Guarda.

 

 

Quais os motivos da sua candidatura a estas Autárquicas?

O saber que falta muito por fazer na Guarda e Pela Guarda.

Combater o atraso do desenvolvimento da Guarda e a falta de oportunidades de emprego para que os jovens não tenham de emigrar. Queremos dar condições para que os Guardenses tenham esperança e invistam na Guarda. Queremos que a Câmara Municipal seja uma via verde para o investimento e a criação de riqueza. Não um autêntico calvário como nestes dois últimos anos.

Conheço cada rua e cada bairro da nossa Cidade, Vila e Aldeias. Tenho o conhecimento dos seus problemas, mas também sei as suas enormes potencialidades. O concelho da Guarda é uma terra com futuro, só depende de nós fazer as apostas certas na altura certa.

O que considera ter de diferente dos outros candidatos, para se candidatar a este mandato?

O conhecimento pessoal do nosso território e a capacidade de diálogo com todos, sejam instituições, empresários ou o cidadão comum. A capacidade de formar equipas de trabalho e liderar pessoas conseguindo motivar e fazer com que as obras sejam concretizadas. Por outro lado, sei onde encontrar os fundos comunitários para alavancar os projetos estratégicos que tragam realmente progresso à Guarda.

Quais os setores que considera importantes impulsionar ou melhorar na região?

A saúde, que é um bem essencial, exigiremos ao poder central a construção total da 2ª fase do hospital da Guarda e lutaremos pela colocação de mais médicos para que todos os habitantes do concelho tenham acesso a cuidados de saúde pública de qualidade. Queremos um hospital público de excelência.

Faremos uma aposta forte na Plataforma Ferroviária e no Porto Seco da Guarda, um projeto fundamental para o desenvolvimento económico da Guarda para os próximos 50 anos. Será construída a Variante dos Galegos criando assim um novo acesso à Plataforma Logística, ao Porto Seco e às aldeias mais próximas.

Acabaremos os Passadiços do Mondego com todas as infraestruturas necessárias ao conforto de quem deles quiser usufruir, uma grande obra que iremos projectar como grande atração turística do concelho a nível nacional.

Outra peça fundamental do Turismo da Guarda é o Hotel Turismo. Queremos a reversão da sua propriedade para os Guardenses e Câmara Municipal para podermos lançar um concurso público de forma límpida e transparente com vista à sua recuperação e abertura.

Queremos fazer da Guarda Capital Regional do Desporto, para isso, vamos projetar e construir a Nova Cidade Desportiva em zona urbana, dando mais e melhores condições para a prática desportiva aos clubes do concelho e a todos os Guardenses. Descentralizaremos a prática desportiva no concelho através da construção de novos campos sintéticos, pavilhões desportivos polivalentes em algumas vilas e aldeias e bairros da cidade.

Vamos criar um Programa de Apoio para a Reabilitação do Centro Histórico da Guarda e de outros pequenos núcleos históricos da cidade, da Vila de Gonçalo e das nossas aldeias financiando até 50% dos custo de reabilitação de coberturas e fachadas promovendo a criação de pequenas bolsas de estacionamento de proximidade na envolvente do centro histórico da cidade.

Queremos uma cidade e um Concelho com verdadeira qualidade de vida. Uma cidade limpa e organizada com mais zonas verdes e jardins bem cuidados.

A construção da Variante dos F’s, para ligação da cidade à Via de Cintura Externa da Guarda, aguardada há mais de 20 anos, será, finalmente, uma realidade.

Com a construção da variante da Sequeira melhoraremos a acessibilidade ao Bairro da Sequeira e de Nossa Senhora de Fátima e a zona nascente do Concelho, criando condições para uma melhor mobilidade de todos.

 

Nestes quatro anos que passaram, o que faria de diferente relativamente ao executivo Camarário vigente?

Tornaria a Câmara da Guarda um parceiro de todos, tornando fácil e simples investir na Guarda atraindo empresas e investimento. Por outro lado seria implacável na defesa da Guarda e dos Guardenses perante o poder central. Temos de reivindicar o nosso direito de ter as mesmas oportunidades que Lisboa, Porto ou outras cidades do litoral.

Não nos podemos calar em defesa do interior para que a coesão territorial seja uma realidade.

Acredita que os recursos de que dispõe a Câmara são suficientes para fazer face às necessidades dos cidadãos que aqui residem?
Estamos habituados a fazer muito com pouco. Muitas das vezes é apenas uma questão de planeamento, boa organização e liderança para conseguir resolver muitos dos problemas dos cidadãos. Mas, como me dizia um amigo que muito prezo e respeito, um bom presidente de câmara tem de ser um embaixador da Guarda e sair do seu gabinete, batendo às portas dos centros de decisão regionais e nacionais.

Sendo um concelho situado no Interior, que políticas acredita serem necessárias implementar pelo Governo para diminuir o despovoamento e desertificação?

Em primeiro lugar o governo deve estancar a sangria dos serviços do estado e reforçar a presença dos serviços públicos no interior.

Em segundo lugar deve realizar um choque fiscal para as empresas e os particulares que aqui vivem e fazem a sua vida, tornando o interior fiscalmente atrativo.

Em terceiro lugar, deve reduzir as portagens. A A23 e A25 conseguiram que fosse mais seguro e rápido chegar a qualquer local do País mas, em termos económicos, estamos mais “caros” de todo o lado.

Que medidas pretende implementar para captar investidores para o concelho?

Queremos uma Guarda mais atrativa dando condições de estabilidade fiscal e social para que as famílias que aqui decidam viver, tenham emprego e perspetivas de futuro. Iremos Aplicar a taxa mínima de IMI para todas as Empresas.

Vamos reduzir em 50 % o custo das taxas de licenciamento urbanístico e de todas as demais taxas administrativas para todas as Empresas.

Implementaremos uma Redução em 50 % da taxa de derrama para todas as Empresas com domicílio Fiscal no Concelho da Guarda.

Duplicaremos a área da Plataforma Logística da Guarda e do Parque Industrial da Guarda.

Criaremos Centros de Incubação Empresarial, para fixação da nova geração de Empresas Tecnológicas e novas Áreas de Localização Empresarial situadas no nosso mundo rural.

 

Como acha que deve a Câmara proceder, para procurar fazer face ao desemprego crescente na região?

Já elenquei diversas medidas específicas para inverter o ciclo de desemprego na nossa região. Basta haver vontade política para colocar em prática uma verdadeira política de descriminação positiva para atrair empresas e em consequência emprego.

A Câmara Municipal não cria empregos, cria isso sim, condições para atração de investimento e empresas.

Que conselho daria a um deslocado em busca de novas oportunidades no Interior?

Daria o conselho de vir para uma região com verdadeira qualidade de vida em que consegue criar a sua família de forma diferente dos grandes centros. Com maior proximidade e com mais tempo disponível para os seus.Além do tempo, a outra dimensão que temos em abundância no interior é o espaço e a beleza natural. O contacto com a natureza que tanta falta nos faz no dia a dia, recarregando as baterias da nossa exigente vida do século XXI.