
Capitão Ricardo Alves guia alma beirã para a vitória
Jogo entre duas equipas em diferentes circunstâncias no João Cardoso. De um lado, o Desportivo de Tondela, que praticamente já garantiu a sua permanência na Liga Portugal 2 Sabseg. Do outro, um Vilafranquense que ainda nutria esperanças utópicas de garantir um dos três lugares de promoção. As nuvens que sobrevoavam o estádio, por sua vez, apresentava-se em tons de cinza, à semelhança do resultado registado ao intervalo, o empate a zeros. O segundo tempo jogou-se a um ritmo morno, mas um golo de Ricardo Alves a cinco minutos do final deixou os três pontos em terras beirãs.
Da defesa nasceram os melhores ataques
No começo do jogo o sentido parecia claro. O Vilafranquense tentava dominar a bola, com os beirões a apostar nos passes de longa distância. A primeira grande oportunidade da partida surgiu logo aos 5’ para os caseiros. Através de um pontapé de canto na direita, Telmo Arcanjo cruzou, e de cabeça Cuba teve pontaria a mais ao acertar na barra.
A formação de Vila Franca dominava a partida a seu belo sabor, mas o que era certo é que ainda não tinha criado qualquer lance de perigo para a baliza de Niasse. Aos 20’ o Desportivo de Tondela teve alguns minutos no meio-campo adversário, com destaque para a bomba de Khacef que saiu por cima.
Na reposta os alvirrubros poderiam ter marcado através de um autogolo. Daniel dos Anjos desviou a bola, com a mesma a embater com estrondo no poste da baliza tondelense. Os últimos minutos do primeiro tempo foram marcados pelo assalto dos auriverdes à área das Piranhas do Tejo, com a bola a rondar com certo perigo as redes defendidas por Trigueira, que cada vez que tocava na bola era assobiado, devido à sua ligação passada com o CDT. Resultado ao intervalo: zero a zero.
Só mesmo um golo no término para embelezar a partida
No tempo complementar, a primeira grande chance pertenceu aos alvirrubros. Enorme trabalho de Maddi, que fez a bola chegar a Luís Silva que cruzou para Bernardo Martins, que cabeceou com perigo para uma intervenção atenta de Niasse.
Na passagem dos 15’ deste segundo tempo, o encontro disputava-se mais a meio-campo, desta feita com os tondelenses a terem mais fio de jogo. Aos 72’, graças a um cabeceamento, Sangaré voltou a mandar a bola às barras beirãs, mas o lance já havia sido posteriormente invalidado por fora de jogo. Quase na jogada seguinte, o mesmo número 9 driblou Ricardo Alves, acabando por finalizar para mais uma boa defesa do guardião auriverde.
Aos 82’, Daniel dos Anjos isolou-se perante Trigueira, mas o defesa adversário recuperou rápido e conseguiu cortar a bola para canto. Na sequência desse mesmo canto, surgiu o golo tondelense. Golo de capitão. Ricardo Alves correspondeu bem ao cruzamento de Arcanjo e atirou para dentro da baliza ribatejana. Não havia melhor forma de festejar os 100 jogos pelo CDT para o defesa tondelense.
Rápido chegou a reposta vilafranquense, mas mais uma vez Niasse a grande nível evitou o empate, após um cabeceamento isolado de Sangaré. A formação que viajou até Tondela ainda tentou evitar a derrota, mas sem perigo não há golos, e o Desportivo beirão conquista os três pontos no João Cardoso.
Com a vitória o CDT sobe à nona posição da tabela, com 39 pontos. Segue-se na próxima semana o encontro em casa do líder Moreirense.
Já o Vilafranquense fica com os mesmos 41 pontos com que começou a jornada, descendo para o quinto posto, tendo sido já ultrapassado pelo Feirense. Pode dizer-se que foi a machadada final em qualquer aspiração ribatejana pela subida. Na próxima semana, a União recebe em Rio Maior o Torreense.
Por Bianca Leão