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Diretor: Paulo Menano

Associações Distritais e Regionais de Futebol pedem criação do Ministério do Desporto


A Comissão Coordenadora da Mesa do Plenário das 22 Associações Distritais e Regionais de Futebol (ADR) promoveu, este sábado (17 de fevereiro), em Coimbra, uma reunião plenária descentralizada em nome da atividade não profissional. Da sessão, saiu uma Carta Aberta com um conjunto de observações sobre os programas dos partidos políticos candidatos às próximas Eleições Legislativas.

Na Carta Aberta, as ADR pedem a criação do Ministério do Desporto “com um valor no Orçamento do Estado compatível com a atividade diária desportiva do país”.

Na sessão de trabalho, as associações concluíram também que permanece a “ausência de propostas adequadas à realidade desportiva e inexistência de uma agenda inovadora, por parte dos diversos partidos políticos, evidenciado, agora, também de uma maneira geral”.

As ADR manifestaram ainda insatisfação perante programas políticas que, a seu ver, não integram o desporto como um “um desígnio e uma prioridade nacional efetiva”, uma vez que a prática do futebol, futsal e futebol de praia estão profundamente enraizadas na sociedade portuguesa.

Também as “contínuas políticas públicas orçamentais, no âmbito do Desporto, têm permanecido globalmente iguais, desde há vários anos, o que não proporciona um investimento adequado e justo, quer aos clubes, quer às instituições que organizam toda a atividade desportiva, que muito contribuem para a dinamização económica do país”, sublinham.

Segundo a Carta Aberta das ADR, Portugal regista um défice de quantidade de infraestruturas desportivas que “proporcionem uma melhor qualidade de vida na prática regular de atividades de recreação e lazer, da integração desportiva adequada para os atletas federados e para o desenvolvimento do desporto de elite”.

“Também não podemos deixar de realçar, a ausência persistente de uma política de fiscalidade incentivadora e apelativa para atletas, agentes desportivos, clubes e instituições, que estimule a capacidade de investimento e a competitividade internacional”, pode ler-se no documento.

Além disso, para as ADR, o Estatuto do Dirigente Desportivo Voluntário tem sido “esquecido”, acabando por não promover a participação em projetos desportivos. “Caso este assunto seja continuamente desprezado, poderá estar em causa qualquer plano desportivo estabelecido para o país”, alertam.

A Associação de Futebol da Guarda esteve representada pelo presidente da AF Guarda, Amadeu Poço e pelo vice-presidente, Paulo Menano. Também o presidente da Associação de Futebol de Viseu, José Carlos Lopes, marcou presença na sessão.