Através dos pés de Aponzá Covilhã ganha nova vida na luta pela permanência
Jogo importantíssimo pela permanência. Uma derrota complicava muito a vida dos serranos, ao passo que uma vitória da B-SAD tirava o futuro Cova da Piedade dos três lugares vermelhos. Num Jamor despido, – como tem vindo a ser hábito – a primeira parte do encontro foi deveras desinteressante, ao passo que no segundo tempo o ritmo subiu um pouco, por intermédio da B-SAD. Contra a corrente do jogo, Aponzá marcou e relançou o SC Covilhã na Liga Portugal 2 Sabseg.
Um deserto de rigorosamente nada
Se este encontro poderia parecer iria ser bastante movimentado, pois ambas as equipas precisavam dos três pontos, o futebol praticado assim não o foi. As duas equipas tentavam ter a bola, com mais presença ofensiva da formação azul, mas os primeiros 20’ da partida foram marcados por uma circulação de bola bastante mastigada pelos dois emblemas.
O primeiro remate verdadeiramente perigoso surgiu aos 24’, quando Nuno Rodrigues rematou fora da área com força e rasteiro, com a bola a sair muito perto do poste da baliza de Gonçalo Tabuaço. A partida estava a ser marcada por um deserto de ideias de parte a parte, com os minutos a passarem de uma forma morosa – o que é um péssimo sinal.
Sem mais nada acontecer de relevo a primeira parte acabou, sem nenhum elogio que eu possa fazer. O futebol praticado esta manhã vai de acordo com a posição na tabela destas duas formações. Há uma clara estratégia clara de ambas as equipas (domínio lisboeta e expetativa dos serranos), mas nos primeiros 45 minutos não surgiu de todo efeito.
O suficiente dos mínimos para manter o sonho
Se o jogo foi interrompido com as equipas a praticarem um futebol de baixa intensidade, o tempo complementar iniciou-se da mesma forma. Algumas tentativas de aproximações de ambas as equipas foram efetuadas, mas todas bastante inconsequentes. Nota para o minuto 54’ onde Bruno Bolas – guardião do SC Covilhã – se lesionou, obrigando a uma substituição forçada por parte dos beirões.
A B-SAD durante esta segunda parte estava mais incisiva, mas apenas na entrada do últimos 20’ da partida criou um lance de real perigo, quando João Marcos, livre de oposição, cabeceou ao lado da baliza serrano. Volvidos cinco minutos, o mesmo João Marcos rematou com muito perigo, mas a bola passou rente ao poste dos verde e brancos.
Nos últimos dez minutos da partida os lisboetas insistiam, mas contra a corrente do jogo foi o Covilhã quem inaugurou o marcador, aos 84’. Ângelo Menezes lançou Aponzá, que ganhou no duelo com Kelechi e, perante Tabuaço, não desperdiçou e inaugurou o placar. Até final a B-SAD subiu as linhas e procurou o empate, mas sem sucesso, e os verde e brancos saíram do Jamor com uns três valiosos pontos.
Precisamente graças a esses pontos os beirões somam agora 24 pontos, a três dos lugares de play-off de despromoção. Para a semana vai haver mais uma final para os serranos, desta feita na receção à UD Oliveirense.
Por seu lado a B-SAD desperdiçou a saída dos últimos três lugares da tabela, continuando com os mesmos 27 pontos. Na próxima semana a equipa azul desloca-se até ao Mar, para defrontar o Leixões.
Por Bianca Leão