
Autárquicas 21: Independente Sérgio Costa diz que “voto útil” é no movimento ‘Pela Guarda’
O ex-vice-presidente da Câmara Municipal da Guarda, atual vereador sem pelouros e também candidato independente à presidência da autarquia, Sérgio Costa, disse ontem que o “voto útil” nas eleições autárquicas é no movimento que lidera.
“A Guarda, nestas eleições autárquicas de 2021 tem a possibilidade de, pela primeira vez, votar num movimento cuja sede é genuinamente e unicamente na Guarda. Não é no largo do Rato nem na Rua de São Caetano, ou qualquer rua em Lisboa”, afirmou.
Sérgio Costa, que discursava na Alameda de Santo André, na apresentação dos candidatos autárquicos e do programa eleitoral, acrescentou que, nas próximas eleições, a Guarda “irá deixar as amarras dos partidos políticos e serão os próprios guardenses a sonhar, a projetar e a construir a sua cidade, vila e aldeias”.
“Por isso, apelamos a todos os militantes e simpatizantes de todos os partidos políticos, sejam de esquerda ou de direita, para nos darem a confiança e a força do voto. O voto útil é no movimento ‘Pela Guarda’”, disse.
O candidato independente também referiu que os eleitores têm de decidir se “querem um presidente que tem de andar com motorista, por não conhecer o concelho” – numa alusão ao atual autarca e candidato do PSD, Carlos Chaves Monteiro – ou se querem “um presidente que conheça todas as ruas, todos os bairros da cidade”, da vila de Gonçalo e “de todas as aldeias”.
“Esse combate, já ganhámos. Percorremos a nossa cidade, os nossos bairros, a nossa vila e aldeias, passo a passo, porta a porta, contando já com perto de 500 quilómetros a pé”, justificou.
Quanto ao programa eleitoral, referiu propostas em vários setores por considerar que “a Guarda tem de ser pensada com ousadia e projetada para o horizonte 2040”.
Se for eleito presidente, a cidade mais alta do país “será mais atrativa, dando condições de estabilidade fiscal e social para que as famílias (…) tenham emprego e perspetivas de futuro”.
O candidato propõe a aplicação da taxa mínima de IMI, a redução em 50% das taxas de licenciamento urbanístico e igual redução na taxa de derrama para todas as empresas com domicílio fiscal no concelho.
Do programa eleitoral constam apostas na plataforma ferroviária e no Porto Seco, a duplicação da Plataforma Logística e do Parque Industrial.
O cabeça de lista do movimento ‘Pela Guarda’ defendeu também, entre outras ideias, a afirmação da Guarda como capital regional do desporto e a criação de um centro nacional de envelhecimento ativo.
A lista de candidatos ao executivo municipal liderada por Sérgio Costa inclui, por ordem, Diana Monteiro (bancária), Amélia Fernandes (professora), Rui Melo (engenheiro florestal), Diana Sousa (médica), António Pereira (licenciado em ciência política e relações internacionais), Rosária Santos (supervisora e diretora de IPSS), Paulo Monteiro (empresário), João Nunes (metalúrgico) e Luísa Gonçalves (técnica comercial).
A lista concorrente à Assembleia Municipal é liderada por José Relva.
A autarquia da Guarda é presidida pelo PSD desde 2013, quando o partido ganhou as eleições com o candidato Álvaro Amaro, que repetiu a vitória em 2017.
Nas eleições autárquicas de 2017 o PSD obteve 61,20% dos votos e cinco mandatos autárquicos, e o PS obteve 23,35% e elegeu dois vereadores.
O município é presidido, desde abril de 2019, por Carlos Chaves Monteiro, que substituiu Álvaro Amaro quando este foi para o Parlamento Europeu.
Na Guarda, além de Sérgio Costa, são candidatos à liderança do município Carlos Chaves Monteiro (PSD), Luís Couto (PS), Pedro Narciso (CDS-PP), Honorato Robalo (CDU), Jorge Mendes (BE) e Francisco Dias (Chega).