Mais Beiras Informação

Diretor: Paulo Menano

Entrevista ao Presidente da Associação de Futebol da Guarda – Amadeu Poço


No passado dia 15 de agosto de 2021 jogou-se a 4ª edição da Supertaça Beira Interior, uma iniciativa conjunta das Associações de Futebol da Guarda e Castelo Branco, em parceria com a Câmara Municipal de Gouveia.

O Mais Beiras Informação marcou presença e não veio embora sem entrevistar o Presidente da Associação de Futebol da Guarda, Amadeu Garcia de Andrade Poço.

Qual é o balanço que faz da época anterior?

O balanço que tenho de fazer da época anterior é que a Associação de Futebol da Guarda pertence ao número de associações que cumpriu os objetivos traçados inicialmente, isto é, disputou todos os jogos a que os clubes que participaram entenderam que deviam fazer. Portanto nós concluímos as provas conforme foi programado, contrariamente ao que aconteceu noutras associações distritais, onde se limitaram a fazer 3 ou 4 jogos, depois foram para casa.

Quanto ao número de filiados , vai-se manter, subir ou diminuir, relativamente à época transata?

O número de filiados em si, é capaz de se manter mais ou menos, mas há mais equipas inscritas nos diversos escalões, do que em anos anteriores.

Como pretende ajudar os clubes nesta nova época?

Nós já estamos a ajudá-los bastante em não aumentar os encargos para eles, contrariamente do que acontecia no noutras alturas, e porque eu estou há 18 anos na Associação de Futebol da Guarda e nunca foi aumentado qualquer taxa de jogo, não tem sido aumentado taxas de arbitragem, não ter sido aumentado nada. Para além disso temos canalizado para os clubes todos os apoios que temos recebido da Federação Portuguesa de Futebol.

Isto serve também para eu lançar o apelo de que foi prolongado para 4 de setembro o período em que os clubes podem concorrer a apoios do Estado, que são financiamentos a fundo perdido, portanto podem receber até 50 EUR por cada jogador inscrito, portanto relembrar novamente.

Acreditemos que a federação portuguesa de futebol tenha mais para dar Associação de Futebol da Guarda, e se o derem, logicamente que nós o que canalizaremos para os clubes, porque os clubes é que são os donos da Associação.

Quais são os moldes competitivos da próxima época?

Essa é uma pergunta que só no dia 21 é que posso responder, na medida em que, vai haver uma assembleia geral em que será definido se há uma ou duas divisões. Nós temos tudo programado para poder fazer um sorteio logo no seguimento, haja uma, haja duas. Se houver uma divisão só terá que haver duas séries, logicamente cada uma com 11 clubes, que são 22. Se houver duas divisões, como estaria programado, se não houvesse esta assembleia, aí disputarão o campeonato as 14 que disputaram a prova na época passada, mais o Vila Cortez, que trocou com o Gouveia porque desceu e o Gouveia subiu.

A segunda divisão será disputada pelos clubes que não quiseram participar na época passada.

O que acha da nova Liga 3, e do formato do Campeonato de Portugal? Qual será o impacto que irá ter na retenção de equipas, aqui no distrito da Guarda?

Em relação à Liga 3 já há quem a chame «a Liga em 25%», porque há 22 associações no país e apenas 9 estão contempladas nessa Liga 3.

Pessoalmente discordo dessa Liga 3, como já o manifestei nos locais próprios, como discordarei e manifestei a minha posição, que será em defesa dos clubes do distrito da Guarda, com alterações que se preveem para a disputa do campeonato de Portugal, onde aí efetivamente estamos inseridos.

Não temos nenhuma equipa a disputar a Liga 3, mas poderemos vir a ter, e a forma como está a ser disputada, fora do litoral apenas há um clube a disputar essa Liga, portanto quando nós queremos a massificação desportiva, não podemos ir em assimetrias entre o interior e o litoral, e o exemplo mais claro que já tínhamos, exemplos infelizes com a Liga 1, e Liga 2 com poucas equipas do interior.

A Liga 3 é o exemplo mais acabado, digamos assim, dessas assimetrias que eu falei.