
Galiza integra o movimento Juventude Unida Dos Países De Língua Portuguesa
O galego-português começou a ser falado durante a Idade Média na região ocidental da Península Ibérica, dando origem às línguas portuguesa e galega. De acordo com o movimento de reintegração da Galiza, a língua não pode continuar a fazer o seu caminho de forma isolada e deve entrar no universo lusófono para garantir o seu futuro e para que se abram janelas culturais, comerciais, econômicas e sociais.
O galego e coordenador da JUPLP, Diego Garcia, diz que é importante a integração da língua da Galiza na lusofonia porque só assim o seu futuro será promissor. “As oportunidades serão escassas se a região continuar isolada ou entrar em um processo de profunda castelhanização”, afirma. Diego acrescenta que a língua deve ser um elo de comunicação com outras sociedades, principalmente os que têm a língua portuguesa como oficial.
Josianny Furtado, cabo-verdiana e coordenadora do movimento, complementa que integrar a Galiza na JUPLP não é um ato qualquer, mas sim uma atitude de reflexão histórica e cultural no que gira em torno da nossa língua. “A partir de agora, iniciaremos o recrutamento de membros galegos e trabalharemos com a apresentação da história da língua galego-português, dos patrimônios culturais da Galiza e na organização do evento Conexões na região”, declara.
Nascido em julho de 2020, o projeto reúne diversos jovens da lusofonia para debater a cultura, a história e temas pertinentes para toda essa juventude. O objetivo do movimento é se tornar uma organização que abrange os milhões desses jovens e fazer todo o trabalho respeitando as questões sociais e as realidades de cada país.
O maior projeto da JUPLP é o evento Conexões, que teve sua primeira edição na cidade de Coimbra, em Portugal. O evento tem a ideia de promover um debate de ideias para entender melhor o que se passa na conjuntura cultural de cada país. As próximas edições serão em Cabo Verde, Brasil e, conforme anunciado recentemente, o encontro na Galiza.