
Inscrição da candidatura do ‘Canto a Vozes de Mulheres’ a Património Cultural Imaterial
No próximo sábado, dia 11 de setembro, no Cineteatro Jaime Gralheiro, a Associação de Canto a Vozes – Fala de Mulheres (ACVFM) vai oficializar a inscrição do canto de mulheres de matriz rural, a 3 ou mais vozes, na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial.
O programa tem início às 14h30, com o encontro das autarquias a que pertencem os grupos que formam a Associação, para oficializar a Rede Intermunicipal, seguido do ato de oficialização da inscrição pelas 15h00.
Estarão presentes 15 grupos, num total de 165 cantadeiras e alguns cantadores: Vozes de Manhouce, Grupo de Cantares de Pindelo dos Milagres, Grupo de Cantares de Sobral de Pinho, Cantadeiras de São Martinho de Crasto, Segue-me à Capela, Rusga de Joane, Grupo Folc. Univ. do Minho, Sopa de Pedra, Grupo de Cantares do Linho, NEFUP, Mulheres do Minho, Cantadeiras do Vale do Neiva, Cramol, Grupo de Cantadeiras de Cabreiros, Grupo de Cantares de Terras de Arões.
Formada a 1 de março de 2020, a Associação Canto a Vozes – Fala de Mulheres (ACVFM) pretende inscrever o canto de mulheres de matriz rural, a 3 ou mais vozes, na Lista Nacional do Património Cultural Imaterial.
O seu processo de concretização contou com o impulso da autarquia de S. Pedro do Sul que assinou um protocolo com a Universidade de Aveiro com vista ao levantamento dos grupos praticantes.
Foi S. Pedro do Sul, também, que acolheu as primeiras reuniões preparatórias envolvendo cada vez mais grupos e pessoas. Neste momento, mais de cinquenta grupos, dois deles em França, aderiram já a este movimento que tem levado à revalorização social, à crescente prática deste canto e à dinamização de atividades públicas.
O que é este canto a vozes?
Esta forma de cantar a três ou mais vozes sobrepostas, em movimento predominantemente paralelo, adquire localmente diferentes designações, tais como terno, lote, cramol, cantada, cantedo, cantigas, modas ou cantarola.
É cultivada no centro e norte de Portugal há sucessivas gerações e pode também encontrar-se em comunidades e(ou) grupos geograficamente distantes, mas que, de algum modo, tiveram ao longo da sua história contacto com essas práticas performativas.