Mais Beiras Informação

Diretor: Paulo Menano

Legislativas 2022: Entrevista a Maria Fernandes, do Partido Ergue-te! pela Guarda


Ao realizarem-se agora as eleições para as Legislativas 2022 o Mais Beiras Informação decidiu, nas suas próximas edições diárias, dar especial atenção às candidaturas. Maria Fernandes é a cabeça de lista do Partido Ergue-te! pela Guarda.

 

1- Quais as principais alavancas para o desenvolvimento do distrito?

Antes de tudo, importa esclarecer que não se tratam de eleições autárquicas, pelo que não tem lugar a lógica de se pensar em medidas para cada distrito. Todos os deputados eleitos representem a nação e para ela legislam. Não representam o círculo pelo qual foram eleitos, conforme está estipulado na Constituição.

A existência de círculos eleitorais é apenas um mecanismo ou sistema eleitoral com o qual, de resto o Ergue-te! discorda, pois justamente pode levar a esse tipo de confusões além que gera muitos votos dispersos e desperdiçados, favorecendo os partidos maiores.

Para o Ergue-te! deveria haver um círculo único nacional (continente, ilhas e diáspora) para o qual todos os votos concorrem.

Seja com o for, o Ergue-te!, no seu programa abrangente, tem propostas e medidas que dizem respeito ao todo nacional, no geral, e às várias zonas do país em particular.

Deste modo, entendemos como prioritário o regresso ao interior para combater o despovoamento e assimetrias sociais e de desenvolvimento. Há que quebrar este circulo vicioso, devolvendo os serviços encerrados nos últimos anos ao distrito, como CTT, urgências, etc.

As coisas estão todas interligadas: povoamento, investimento e desenvolvimento.

Para tal, o Estado tem de criar políticas para o desenvolvimento da agricultura e da indústria a par de conceder claros apoios e benefícios a famílias e empresas que se queiram fixar (ou regressar) ao distrito da Guarda. Fora isso, a descida do IVA máximo para os 19%, medida por nós defendida, ajuda a dinamizar a economia e a minimizar a sangria da fuga de consumo para o outro lado da fronteira. Por fim, o investimento na ferrovia sempre foi uma proposta do Ergue-te! como excelente via de comunicação e transporte de pessoas e mercadorias, segura e ecológica.

 

2- Despovoamento e desertificação: Quais as medidas e/ou plano estratégico para combater estas duas realidades?

O tema já estava aflorado na resposta acima, mas podemos focar ainda outras propostas que temos e que passam por mecanismos de incentivo de regresso das famílias aos campos e florestas; apoio à natalidade; disponibilização das terras abandonadas (sem colocar em causa a propriedade das mesmas) devidamente identificadas, para quem as queira cultivar, com isenção de IRS por um período de 10 a 20 anos e suporte tecnológico do Estado.

O objetivo destas medidas seria para aumentar a produção agrícola, base da economia de qualquer país é o sector primário.

 

3- Qual será a vossa posição, quando no parlamento existirem votações, que ponham em causa o desenvolvimento do distrito e o partido seja contra? Vão seguir a ordem partidária ou votam a favor dessa proposta?

Somos um partido unido e coeso, e para nós Portugal é indivisível. Aprovaremos propostas que beneficiem todos os Portugueses; não colocamos em causa o desenvolvimento do Interior de Portugal, para benefício dos restantes.

 

4- Quando é que a redução ou abolição das portagens deixa de ser uma miragem?

Quando a corrupção seja punida pelas leis deste Estado.

Quando o poder político seja moralizado e queira moralizar.

Estas empresas, as chamadas PPP´s, são única e exclusivamente para dar “tachos”, e são absorvidas pelo dinheiro dos nossos impostos, quando não dão o “lucro” fácil aos seus intervenientes. Não servem Portugal, nem os Portugueses. São mais um “travão” ao desenvolvimento e ao investimento dos nossos empresários, porque criam apenas mais um custo.

 

5- Quais os setores que consideram importantes impulsionar ou melhorar no Distrito?

Como já referi anteriormente, o sector primário é a base de um país e Portugal precisa de mais produção e que os nossos produtos sejam com mais qualidade, respeitando a natureza e os ecossistemas.

 

6- A falta de médicos é um problema grave, que tem abalado o distrito. De que forma estão a pensar agir para combater esta falta?

Implementar medidas que garantam que os médicos recém-formados, preencham as necessidades do SNS, por um período de tempo igual ao que o Estado investiu nos seus estudos.

Criando possibilidade, dentro dos imóveis do Estado, que os mesmos possam usufruir de habitação gratuita providenciada pelo Estado, se houver essa dificuldade em se estabelecer nos primeiros anos.

Criar um sistema de Medicina-Itinerante, fazendo chegar os cuidados primários de saúde a todo o País. Este modelo será assegurado por todos os funcionários médicos nos quatro primeiros anos após a formação.

 

7- Que políticas pretendem acionar para combater a assimetria do país, dividido pela estrada EN2 (litoral do interior)?

Trazendo o desenvolvimento através do sector primário, desenvolvendo políticas agrícolas e de industrialização. Valorizando o interior, também através do turismo interno.

 

8- A regionalização tem estado na ordem do dia. Qual é a vossa posição quanto a este tema?

Somos contra a regionalização! Ela apenas trará mais clientela política, e o peso do aparelho do Estado será ainda maior, não trazendo qualquer benefício aos portugueses, somente criando diferenças e ruturas sem sentido.

 

9- Tem-se falado muito em corrupção. De que forma pretendem trabalhar para batalhar esta realidade?

Moralizar a classe política e criar um código de conduta que puna severamente quem for condenado. Para nós basta que as leis sejam mais claras e que os tribunais funcionem de forma rápida e isenta, não permitindo os sucessivos recursos da defesa muitos deles sem sentido.

Os crimes de corrupção configuram traição à pátria, pois lesam gravemente as atuais e futuras gerações, como tal, sempre defendemos que os corruptos têm de ter penas exemplares, ter os seus bens confiscados para minimizar o montante roubado e nunca mais exercerem qualquer cargo público.

 

10- Como idealizam o futuro do distrito se vencerem as eleições?

Se os portugueses nos derem esse voto de confiança, prometemos uma verdadeira Renovação Nacional, uma mensagem de mudança e de esperança para os portugueses.

 

11- Aproveitando esta nossa entrevista, qual a mensagem que pretendem deixar aos eleitores?

Vamos deixar uma mensagem de confiança, a todos aqueles que não votam, são esses o nosso principal alvo, e aqueles que votam nos partidos do sistema, que só poderemos mudar este paradigma político votando no único partido político nacionalista e faço um apelo: queremos devolver Portugal a todos os portugueses, para que se sintam confiantes num futuro mais promissor para os nossos filhos.