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Diretor: Paulo Menano

Município de Seia já entregou 580 armadilhas a apicultores para combater vespa velutina


No âmbito da estratégia delineada para o combate da Vespa Velutina no concelho, o Município de Seia tem disponibilizado armadilhas a apicultores, tendo em vista o controlo de ninhos existentes e evitando, por outro, a criação e o desenvolvimento de novos ninhos.

A vespa velutina, comummente designada por vespa asiática, representa efetivamente uma ameaça às explorações apícolas do concelho e da região, comprometendo a produção de mel e seus derivados.

Assim, para controlo e combate desta espécie invasora, o Município, através do Serviço Municipal da Proteção Civil, tem desenvolvido esforços, em conjunto com os apicultores locais, para controlar os ninhos existentes.

Exemplo deste trabalho colaborativo são as armadilhas que desde 2020 têm sido entregues aos apicultores, com o objetivo de capturar vespas rainhas, as fundadoras de novas colónias. Até então, o Município entregou 580 armadilhas com atrativo, para um total de 46 apicultores.

Por sua vez, a espécie invasora também tem gerado algum alarme na população em geral, seja pela dimensão dos ninhos (podem atingir até 1m de altura e 50-80cm de diâmetro) ou pela atividade regular durante os períodos de maior calor. Em 2020, foram comunicados ao Município a existência de 307 ninhos, dos quais 207 ninhos referentes a vespa europeia e 100 referentes a vespa velutina.

Isto é demonstrativo da confusão que é gerada na identificação da vespa velutina, muitas vezes confundida com a Vespa crabro (vespa europeia), sendo que esta última apresenta uma coloração mais acastanhada tanto no tórax como nas patas. Outra das características é a cor da cabeça, que é amarelada, e as suas dimensões, pois podem superar as da Vespa velutina.

Como a espécie é diurna e a colónia tem um ciclo de vida anual, é um trabalho que tem de ser efetivado todos os anos, e obriga a intervenções frequentemente no período noturno, fase de menor atividade das vespas.

As novas colónias (1 fundadora dá origem a 1 colónia) surgem de fevereiro a maio e, entre junho e novembro, regista-se a maior pressão das vespas sobre as abelhas, atividade que se associa ao crescimento dos ninhos/vespeiros. Durante o Inverno as fundadoras hibernam fora do ninho, em árvores, rochas ou mesmo no solo. Enquanto as fundadoras podem ter uma longevidade de 1 ano, as obreiras vivem entre 30 e 55 dias. É no final do ciclo anual da colónia, nos meses de outubro e novembro, quando as árvores se encontram sem folhas, que os ninhos são mais visíveis.

Quando um ninho de vespa asiática é identificado deve ser comunicado para a Linha de apoio do Serviço Municipal de Proteção Civil de Seia (238 313 035). Em caso algum a população deve interferir com os ninhos. Após validação da ocorrência, a Proteção Civil acionará os meios necessários com vista à destruição dos ninhos.