
Na Covilhã, transforma-se armários de energia elétrica em arte
A Covilhã vai realizar intervenções artísticas num posto de transformação e em armários de distribuição de energia elétrica da cidade, num projeto dinamizado pela Câmara Municipal. A iniciativa envolve alunos das Escolas Secundárias Campos Melo, Frei Heitor Pinto e Quinta das Palmeiras.
Com a designação “Correntes de Arte”, a iniciativa foi apresentada, em conferência de imprensa, esta sexta-feira (2 de fevereiro) e tem como objetivo dar “um novo design àquelas peças de mobiliário urbano, tendo com fontes de inspiração o debuxo e o têxtil, marcas diferenciadoras e identitárias da cidade”, refere a autarquia.
Resultante de uma candidatura ao programa “Dar Energia à Cultura”, da E-Redes, o projeto está enquadrado no plano de ação da “Covilhã, Cidade Criativa da Unesco em Design” e vai decorrer até maio.
Além das intervenções artísticas, o projeto também engloba uma componente prévia de formação, proporcionando aos alunos visitas a fábricas do setor têxtil, bem como a participação em oficinas de estudo e em residências artísticas.
As residências vão contar com a participação de um artista, que explorará o tema e que deve contribuir para apoiar a criação das propostas de intervenção. No total. a intervenção vai abranger um posto de transformação de energia elétrica e dez armários de energia que estão localizados no centro histórico da cidade e próximos uns dos outros, o que também permite criar uma espécie de percurso ou rota.
Tal como frisou a vereadora com o pelouro da Cultura na Câmara da Covilhã, Regina Gouveia, pretende-se que a intervenção tenha impacto na comunidade, ao mesmo tempo que lança as bases para que o debuxo esteja mais presente no espaço urbano.
“O debuxo é design e, por isso mesmo, tem uma importância inquestionável no projeto da Covilhã como Cidade Criativa do Design. Tem uma relevância muito grande em termos daquilo que é a nossa identidade cultural e, não tem apenas que ver apenas com passado e com história, também tem que ver com presente e deve ter que ver com aquilo que é a nossa visão para o futuro”, sublinhou.
Presente na conferência de imprensa, a diretora da Escola Secundária Campos Melo, Isabel Fael, destacou a importância deste projeto “pelo desafio que é colocado aos alunos” para que possam intervir no espaço público e para que possam conhecer melhor a sua cidade e a sua história.
Uma opinião partilhada por Marco Santos, diretor do Agrupamento de Escolas Frei Heitor Pinto, que vincou a “oportunidade” que os alunos vão ter de ajudar a melhorar e embelezar o espaço público e também de perceberem que “as escolas não são apenas as paredes, o quadro e o professor, mas também tudo o que está à volta”.
Em representação da Escola Secundária Quinta das Palmeiras, Maria Nunes Afonso, classificou o projeto como uma “mais-valia” e apontou a relevância das parcerias estabelecidas com o município da Covilhã.
A E-Redes financiará o projeto com 4.775 euros, entre material específico de apoio à ação de pintura e prestará todo o apoio logístico, assegurando o acesso às estruturas em condições de segurança.