Mais Beiras Informação

Diretor: Paulo Menano

Opinando: O formato competitivo da 3ª Divisão de Futsal


A uma semana de iniciar a nova prova de Futsal (Campeonato Nacional da 3ª Divisão), a Associação de Futebol de Castelo Branco tem dois representantes no distrito a disputá-la, a ARB Boa Esperança e o GD Mata/AAUBI. Esta liga é composta por 4 fases: 1ª Fase; 2ª Fase, de Subida ou de Descida/Manutenção; 3ª Fase – Play-Off; 4ª fase Apuramento de Campeão. A 1ª Fase é disputada por 50 clubes divididos por 7 séries de 6 equipas e uma série de 8 equipas dos Açores. Esta é disputada a 2 voltas onde apenas os 2 primeiros classificados e os 4 melhores terceiros da série Continental são apurados para a 2ª Fase de Subida (num total de 18 clubes), garantindo no imediato a permanência na 3ª Divisão Nacional na época seguinte. Os restantes clubes disputam a 2ª Fase de Manutenção/Descida. Já na série Açores os 3 últimos classificados descem aos regionais e os outros garantem a manutenção na Prova. Relativamente à 2ª Fase, ambas de Subida ou de Manutenção/Descida, são disputadas a 2 voltas. Na fase de Subida, são distribuídos por 3 séries e o primeiro classificado sobe à 2ª Divisão Nacional, sendo que os clubes que ficarem em 2º Lugar vão disputar um Play-Off para acesso à 2ª Divisão Nacional onde participam os clubes dos Açores.

Já na fase de Manutenção/Descida, esta será dividia por 4 séries de 6 equipas onde os três últimos classificados de cada série e os três piores 3º classificados descem aos distritais, num total de 15 clubes. Será um campeonato bastante equilibrado e exigente que irá premiar a regularidade ao longo da época. Numa média de 20 jogos e considerando que cada equipa poderá jogar contra 10 adversários diferentes, irá obrigar a um esforço maior naquilo que será a preparação da equipa perante diferentes fases e/ou diferentes adversários.

Perante o mencionado, concordo em absoluto com os novos modelos porque aumentam a competitividade em todos os jogos, contribuindo significativamente para a melhoria do Futsal em Portugal. No entanto, a curto-médio prazo, parece-me importante que as Equipas e Associações do Interior do País criem estratégias que potenciem o jovem jogador da região e que os clubes sejam sustentados por estes. Tendo em conta que a 2ª e 3ª Divisão terão séries agrupadas por região geográfica, as equipas do interior poderão desaparecer dos Campeonatos Nacionais devido ao poderio financeiro e de recrutamento de equipas de outras zonas do País.

Que o futuro passe “pela terra” e que existam projetos e equipas com sustentabilidade na região que permitam longevidade e boa representatividade nos novos Campeonatos Nacionais!

 

Dário Gaspar