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Opinião: Leituras sealy season – um modo de explorarmos a consciência
Agosto é o mês da famigerada sealy season, com banhos ou sem eles, e o povo, por muito graves que sejam os problemas do país, quer é retemperar forças para a rentrée do mês de setembro que, com o aproximar das eleições autárquicas, há de ser de “gamela e lambidela” e receio bem que, com o aproximar das mesmas, também há algumas frequências mentais, apesar de corrosivas, que se dissolvem como lombrigas de idoneidade política considerada necessária para o cabal desempenho de qualquer função.
Ora, mudar de comportamento não é tarefa fácil, e penso que nem o Covid-19, pelo que se vê, consegue alterar hábitos de longa duração (infelizmente!), apesar de as festas e as romarias serem, também infelizmente, cada vez menos, a política autárquica, independentemente das águas do mar e das florestas estarem longe ou perto, o Portugal, aqui e ali, profundo ou à tona, sempre se vai alegrando…
Pelas razões apresentadas sempre poderemos tornar o nosso “querido mês de agosto” mais enriquecedor com a sugestão de alguns livros. Eu sei que é uma tarefa delicada: afinal, se uma pessoa que não tem muito interesse pelos livros for apresentado a uma obra que só de olhar para a quantidade de páginas a recusa – comportamento tipicamente português, apesar de querer dominar o assunto sem o ler, o que não prende a sua atenção – possivelmente ele se sentirá desmotivado.
Ora, dado estarmos em época de pré eleições e para evitar que haja alguma amargura, irei recomendar a leitura de uns clássicos sobre o modo de ser português e, para os mais arrojados, um sobre o que supostamente aí vem. Aqui vai:
– António Quadros, Portugal, Razão e Mistério, Editor: Alma dos Livros
– Camilo Castelo Branco, A Queda de um Anjo, Edições Caixotim
– Eça de Queirós, Uma Campanha Alegre, Lello Editores, Editor: Alma dos Livros,
– O Conde d’Abranhos seguido de A Catástrofe, Lello Editores
– Martins Rees, Sobre o Futuro – Perspectivas para a Humanidade, Editor: Desassossego, 2021.
E como diria Agostinho da Silva (1906/94, filósofo, poeta e ensaísta): «escrevendo ou lendo nos unimos para além do tempo e do espaço, e os limitados braços se põem a abraçar o mundo; a riqueza de outros nos enriquece a nós. Leia.»
Carlos M. B. Geraldes (ph. Dr.)