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Diretor: Paulo Menano

Pesadelo contra a Oliveirense compromete sonho academista pela subida


O que esperar deste jogo? Académico pós-Jorge Costa, mas certamente com a sua filosofia ainda em campo, com uma Oliveirense consciente que com uma vitória praticamente fechava as suas contas da manutenção. No Fontelo o tempo era cinzento e condizente com o espetáculo praticado pelos viseenses no seu relvado. No final, os visitantes marcaram três golos sem resposta no primeiro tempo, ampliaram no período complementar, com o Académico a apenas ter capacidade para marcar um golo de honra.

 

A conjuntura perfeita para uma crise sem explicação

Que entrada! Falha da defensiva oliveirense nos primeiros segundos de jogo, com a bola cair nos pés de Clóvis, que isolou Toro com o hondurenho a atirar para a defesa de Ricardo Ribeiro. Ainda antes dos cinco minutos iniciais, Ott e Clóvis já tinham tentado a sua sorte junto da baliza unionista. A formação que viajou de Oliveira de Azeméis tinha, posteriormente, praticado algumas incursões no terreno, quando aos 15’ adiantou-se no marcador por intermédio de Jaiminho.

Após o golo a equipa viseense desnorteou-se, mostrando-se ligeiramente perdida em campo, que se refletiu com o segundo golo da União. Serginho entrou na área a driblar três oponentes, e com maestria atirou para fora do alcance de Gril.

Na entrada da meia hora de jogo o Académico subiu no terreno e alugou o meio-campo adversário. No mesmo minuto André Almeida podia ter reduzido o marcador, mas após uma boa jogada de Quizera, o defesa academista não teve acerto no cabeceamento. Na resposta, o terceiro golo da Oliveirense chegou. Duarte Duarte cruzou, a defesa do Académico efetuou um mau alívio e a bola parou nos pés de Serginho que assistiu Jonata Bastos, que apenas teve de emendar à boca da baliza.

Desde esse golo até final do primeiro tempo mais nenhum lance de maior perigo foi criado, com a Oliveirense a chegar ao intervalo a vencer por 3-0, mostrando uma grande eficácia. A equipa academista entrou bem no jogo, mas o primeiro golo unionista mexeu bastante com o psicológico da equipa beirã.

 

Faltou o comandante a este exército..

O tempo complementar começou com uma grande pressão e intensidade por parte da turma vestida de negro, muito por culpa de Massimo, que entrou ao intervalo. O jogo academista estava muito mastigado e na primeira vez que a Oliveirense foi lá frente, faturou o quarto golo. Completa confusão na defensiva do Académico, permitiu a Jaime Pinto faturar de forma libertina mais um golo, aos 54’.

Quando mais nada podia correr mal, Quizera foi expulso. Duarte Duarte agarrou exaustivamente a camisola do número 10 academista, que atingiu sem intenção o médio oliveirense, que ficou a sangrar do nariz, motivando um cartão amarelo para os dois jogadores, o segundo para Quizera.

Aos 72’ o golo de honra foi marcado. Rodrigo levou pela esquerda, cruzou rasteiro, Clóvis falhou o remate e a bola foi para Massimo que marcou o primeiro tento academista. Este golo não trouxe grande alma ao Académico, que continuou sem se conseguir aproximar-se perigosamente das redes de Ricardo Ribeiro nos minutos seguintes.

Clóvis isolado atirou ao poste da baliza unionista aos 87′, confirmado o pesadelo e falta de sorte academista neste jogo. Nota para o minuto 90’. Estreia de Kazu Miura pela camisola da Oliveirense. O japonês de 56 anos e futebolista mais velho em atividade somou os primeiros minutos na Liga Portugal Sabseg. Pouco depois, o árbitro encerrou a partida, com esta goleada aplicada pela União ao Académico, no primeiro jogo sem Jorge Costa.

Esta derrota mantém o Académico em quarto lugar, com 49 pontos. Segue-se para a formação viseense a visita à Trofa, para defrontar o Desportivo Trofense.

Já a Oliveirense sobe à 9ª posição à condição, somando agora 37 pontos. A manutenção parece já certa para os homens de Oliveira de Azeméis, que na próxima semana recebem no Carlos Osório o Estrela da Amadora.

Por Bianca Leão