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Diretor: Paulo Menano

Pinhel: Casa Grande a concurso no âmbito do programa REVIVE


A Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, esteve hoje em Pinhel onde participou na Sessão de Lançamento do Concurso de Concessão da Casa Grande ao abrigo do Programa REVIVE.

A sessão teve lugar no átrio do edifício a concessionar, estando também presente a Vice-Presidente do Turismo de Portugal, Teresa Monteiro, e o Presidente da Câmara Municipal de Pinhel, Rui Ventura.

Na sequência deste ato público, será enviado ainda hoje para publicação em Diário da República o anúncio do concurso para a concessão deste edifício histórico que data da primeira metade do século XVIII, tendo em vista a sua exploração com fins turísticos, ao abrigo do Programa REVIVE.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Pinhel, Rui Ventura, “o lançamento do concurso REVIVE tendo em vista a reabilitação, valorização e concessão para fins turísticos da Casa Grande é um momento de crucial importância para o Município de Pinhel tendo em conta que é um dos edifícios mais emblemáticos do centro histórico de Pinhel”.

“Numa altura em que Pinhel está claramente em trajetória ascendente, no que diz respeito à atração de turistas e, consequentemente, à atração de investimentos na área do Turismo, o lançamento do REVIVE representa a esperança de, por um lado, recuperar um edifício de grande valor patrimonial, e por outro lado, de criar um tipo de oferta turística que ainda não temos e que será complementar aos vários projetos que foram surgindo ao longo dos últimos anos”, concluiu o autarca, lembrando os múltiplos investimentos que o Município tem feito na recuperação e valorização do centro histórico e dos patrimónios concelhios.

Por sua vez, a Secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, aproveitou a oportunidade para elogiar o trabalho da equipa associada ao programa REVIVE, lembrando as dificuldades dos últimos dois anos associadas à situação de pandemia.

No entender da governante, “o turismo é uma força de bem, capaz de regenerar territórios e de contribuir para uma maior coesão territorial”, motivo pelo qual apelou a todos no sentido de colaborarem na  divulgação dos territórios e também do concurso que irá permitir dar uma nova vida à Casa Grande de Pinhel.

 

Programa REVIVE

A Casa Grande, um dos edifícios mais emblemáticos do centro histórico da cidade de Pinhel, é o 27º imóvel colocado a concurso no âmbito do REVIVE.

O edifício será concessionado por 50 anos, para exploração com fins turísticos, por uma renda mínima anual de € 5.869,57.

Os investidores interessados terão um prazo de 120 dias para apresentação de propostas que, além da recuperação do imóvel, promovam a sua valorização através da exploração turística e contribuam para atrair turistas para a região e para gerar novas dinâmicas na economia local.

A Casa Grande, em Pinhel, foi um dos 16 imóveis integrados na segunda fase do programa REVIVE, uma iniciativa dos ministérios da Economia, da Cultura, das Finanças e da Defesa, que conta com a colaboração das autarquias locais, e pretende recuperar e valorizar património público devoluto e reforçar a atratividade dos destinos regionais.

O programa foi lançado em 2016 com um lote inicial de 33 imóveis, tendo, em 2019, sido integrados mais 16 imóveis, e já em 2021 foram incluídos 3 novos imóveis de um terceiro lote que será anunciado até ao final do ano corrente.

O programa integra, atualmente, um total de 52 imóveis, 23 deles situados em territórios de baixa densidade.

Foi já adjudicada a concessão de 19 destes imóveis, representando mais de 142,5 milhões de euros de investimento privado na recuperação de património público e rendas anuais a rondar os 2,5 milhões de euros.

Toda a informação sobre o novo concurso estará brevemente disponível no site do Programa REVIVE:
https://revive.turismodeportugal.pt/pt-pt

 

Casa Grande

Situado junto à muralha de Pinhel, este imóvel conhecido por “Casa Grande”, pertenceu, inicialmente, à
família Antas e Menezes, que na época detinha a alcaidaria-mor da vila.

Durante as Invasões Francesas o edifício foi ocupado pelas tropas francesas, que aí se instalaram no ano
de 1810. Mais tarde, passou a pertencer à família Noronha e Avilez, e em finais do século XIX foi vendido ao Conde de Pinhel.

No século XX, a Casa dos Condes de Pinhel tornou-se sede do Grémio da Lavoura e nos anos 1973- 1974 a cooperativa agrícola cedeu o espaço à Câmara Municipal de Pinhel.

O solar, que estava então adossado ao edifício dos Paços do Concelho, foi objeto de algumas obras de conservação, passando depois a desempenhar funções de sede da autarquia até 2005. Encontra-se, desde então, desocupado e sem utilização.

Imóvel incluído em Zona Especial de Proteção de Monumento Nacional.

Área bruta total de construção: 1.717,40 m2