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Diretor: Paulo Menano

PSD GUARDA: UMA CIMEIRA QUE MAIS NÃO FOI QUE UMA MÃO CHEIA DE NADA PARA O DISTRITO DA GUARDA


Da Cimeira Luso-Espanhola que decorreu na Guarda, da qual toda a população da raia esperava que fossem anunciadas medidas positivamente discriminatórias e arrojadas para tirar esta faixa fronteiriça da agonia em que está mergulhada, apenas resultou uma Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço (ECDT) muito aquém do expectável, sem ambição suficiente para desencravar toda esta faixa fronteiriça.
Para além de objetivos genéricos, alguns deles já praticados dos dois lados da fronteira, e cinco eixos de intervenção muito vagos e sem calendarização para se colocarem em prática algumas medidas concretas, desta Cimeira, mais não saiu que uma mão cheia de nada em ambição e muito menos em investimento público.
A Distrital do PSD da Guarda lamenta que o distrito tivesse ficado de fora dos investimentos estruturantes. Mais lamenta que apenas constem do documento final desta estratégia comum, dois investimentos para o distrito, que já foram há muito anunciados por diversas vezes, e que atualmente já se encontram em fase avançada de conclusão, como é o caso do troço ferroviário Covilhã/Guarda e da ligação rodoviária Vilar Formoso/Fuentes de Oñoro.
Da reativação da estratégica Linha de Caminho de Ferro desde o Pocinho até Salamanca, nem uma palavra. Da criação de um Porto Seco na Guarda, nem uma linha. A redução das portagens na A23 e A25 foi atirado para as calendas. A redução de custos de contextos para as empresas e benefícios fiscais para esta região de fronteira, nem vê-los. Os itinerários complementares IC6, IC7 e IC37, vão continuar a aguardar melhores dias.
O que os cidadãos do interior raiano esperavam desta cimeira, numa altura em que vão ser disponibilizados pela União Europeia mais de 80 mil milhões de euros da “bazuca financeira” a Portugal e Espanha (o maior apoio já concedido até agora), eram medidas concretas que melhorassem a sua qualidade de vida e que desenvolvessem economicamente todo este território de fronteira, o mais pobre, despovoado e envelhecido da UE. Era esperada uma reposição da justiça social para com este território.
À boa maneira socialista, tudo não passou de boas intenções e de pura propaganda, quando ao invés, o que era necessário: passar das palavras aos atos, das intenções às realizações.
Como sempre, as expetativas dos cidadãos foram defraudadas.
Desta Cimeira e deste governo socialista, pouco mais ficou no nosso distrito para além do mediatismo de um dia para a nossa capital de distrito, que tão bem soube acolher e preparar este evento ibérico.

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