Viseu: No novo ano letivo, “Escola a tempo inteiro” abrange todos os alunos do pré-escolar e 1º ciclo do concelho
São 5300 crianças a usufruir desta resposta pedagógica diferenciada. Município de Viseu aloca uma verba global do seu orçamento de 20 milhões de euros para a Educação, em 2024.
A Escola Básica de Fail foi o local escolhido para assinalar o arranque oficial do ano letivo 2023/2024, no concelho de Viseu, na passada sexta-feira, dia 15 de setembro. Presentes neste momento simbólico estiveram o Presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, e o Vereador da Educação, Pedro Ribeiro.
Neste novo ano, o Município de Viseu promove uma resposta pedagógica diferenciada para a comunidade escolar, ao implementar a “Escola a Tempo Inteiro” para todos os alunos do pré-escolar e 1º ciclo do Ensino Básico.
Globalmente, são cerca de 5300 crianças a usufruir, consoante o seu nível de ensino, das Atividades de Acompanhamento e Apoio à Família (AAAF), das Atividades Extracurriculares (AEC) e da Componente de Apoio à Família (CAF). Este apoio aos alunos e às suas famílias representa um investimento municipal de cerca de 4 milhões de euros.
Complementarmente, a autarquia viseense continua o seu compromisso para com as escolas e toda a sua comunidade, ao alocar uma verba global para a Educação, em 2024, de 20 milhões de euros. Recorde-se que a rede escolar do concelho é composta por 97 escolas, da educação pré-escolar ao ensino superior, e perto de 21 mil alunos.
“Recebemos as competências da Educação no ano passado e já tivemos que investir 700 mil euros do orçamento municipal para suprir as lacunas e a falta de financiamento que deveria ter acompanhado esta transferência”, realçou o Presidente da Câmara, Fernando Ruas.
“Neste momento, nós temos responsabilidades acrescidas na Educação, é um facto, mas também temos a sensibilidade para saber que estes alunos, pela forma como os apoiamos, darão garantias de uma comunidade mais feliz e que pode dar continuidade a um futuro mais promissor”, sublinhou o autarca viseense, afirmando ainda “nós notamos que este esforço que a Câmara faz é recompensado e sabemos que estas crianças estão a ser bem preparadas”.
Só nas refeições escolares, para 13 mil alunos, do ensino pré-escolar, 1º, 2º e 3 ciclos, bem como ensino secundário, são investidos 4 milhões de euros anuais. A estes, somam-se 1,5 milhões de euros na rede de transportes escolares, quer no regular, como naquele destinado à realização de circuitos especiais e transporte adaptado.
É também de destacar a componente de medidas de apoio à natalidade, para a qual é reservada uma “fatia” do orçamento de 205 mil euros. Esta destina-se aos kits de material escolar a cada aluno da rede pública e privada do 1º ciclo, e a um bibe e panamá no caso das crianças da educação pré-escolar da rede pública (90 mil euros).
De igual forma, estão aqui incluídos os manuais escolares e livros de fichas, num montante investido de 69 mil euros. O Município de Viseu oferece os livros de fichas aos alunos do 1º ciclo da rede pública e privada que beneficiam da Ação Social Escolar. Aos alunos da rede privada, são ainda oferecidos os respetivos manuais. Já nos 2º e 3º ciclos, os manuais foram oferecidos pela autarquia apenas aos alunos abrangidos pela Ação Social Escolar.
A Câmara Municipal de Viseu renova ainda, para este ano letivo, o apoio aos alunos do Ensino Superior provenientes de famílias carenciadas, através da atribuição de bolsas de estudo, cujo valor previsto de apoio é de 50 mil euros.
A par destas áreas de investimento, os projetos de apoio complementares à educação são uma prioridade. Falamos do programa “Lanches Escolares”, “Leite Escolar” e “Fruta Escolar”, mas também do apoio financeiro à realização das visitas de estudo. Tudo isto, num valor de cerca de 270 mil euros anuais.
Há, igualmente, outros aspetos que, pese embora o seu caráter menos visível, são de enorme importância para garantir a qualidade de ensino e o bem-estar das nossas crianças. Cerca de meio milhão de euros é alocado à logística escolar, nomeadamente ao aquecimento de edifícios, a mobiliário e equipamento básico e pedagógico, entre outros. Outros 250 mil euros visam o plano de requalificação e manutenção do parque digital escolar; e cerca de 10 milhões de euros são aplicados nos recursos humanos afetos à educação.
A manutenção dos edifícios escolares comporta uma “fatia” anual de 200 mil euros e, para 2024, esta previsto um valor de 4 milhões de euros para diversas empreitadas em infraestruturas escolares.