
Mangualde promoveu concertos e observação de astros no evento “Verão Estrelas”
O Município de Mangualde promovu, de 6 a 8 de agosto, o evento “Verão Estrelas”, uma iniciativa composta por concertos intimistas que ficaram na memória como uma noite inesquecível. O evento ocorreu na Serra das Pousadas.
O público conseguiu observar o universo através de dois telescópios, estrategicamente colocados para observação dos astros, enquanto era proporcionado um momento musical.
A iniciativa teve início no dia 6 de agosto, onde contou com o concerto de José Júlio. Já no segundo dia, 7 de agosto, o momento musical foi protagonizado por Miguel Rodrigues com o projeto “Empa”. Francisco Sales foi o músico convidado da última noite do evento, a 8 de agosto. Os concertos começaram todos os dias pelas 21h30.
O evento é um projeto Cultura no Dão, acompanhado por profissionais da Academi@ STEM Mangualde.
O transporte estava disponível a partir do Centro Comercial de Guimarães de Tavares pelas 21h15 para o local do evento. A lotação estava limitada a 60 lugares. A entrada era gratuita, mas com marcação de lugares e aquisição obrigatória de bilhetes na Biblioteca Municipal e Papelaria Adrião, de forma a respeitar as normas emanadas pela DGS.
José Júlio
Originário de Mangualde e desde muito cedo no mundo da música. Começou por estudar música clássica embora mais tarde se tenha dedicado a outros estilos musicais.
Tendo tido aulas com vários professores, Luís Lapa, Paula Sobral, etc, começou muito cedo a dar aulas de guitarra em várias escolas, tendo se destacado mais na CETM de Viseu onde viria a trabalhar durante cinco anos nos quais trabalhou com vários artistas de renome nacional entre os quais Vikky (baterista de Paulo Gonzo, Marisa), Luís Lapa, Marito Marques, etc. Deu aulas ainda na escola de música Palco de Encantos de Mangualde, Sonimusica, entre outras.
Tendo tocado em vários projetos musicais os que mais se destacam são: Bulldozer e Big Triple, o primeiro começou por ser uma banda de covers e mais tarde tendo gravado um EP intitulado Devils Blues, já em Big Triple tocou com membros de uma banda das mais conhecidas do distrito de Viseu chamada Indice. Para além destas bandas tocou ainda com, Hugo Rodrigues e os indiscretos, Vinil acustic covers, Golden, Rock Box, Acacius & Jullius e Jazza. Encontrando-se neste momento dedicado à sua paixão, música instrumental. O seu estilo carateriza se dentro das influências Blues, Rock e Sredd.
Miguel Rodrigues
Miguel Rodrigues, jovem baterista e compositor de Mangualde acaba de lançar o seu primeiro disco, ‘Empa’. Em Junho do ano passado, o musicólogo Rui Eduardo Paes incluía o baterista na “seleção das jovens figuras da música portuguesa “que começaram a pôr tudo de pernas para o ar nestes últimos tempos” e o crítico António Branco (jazz.pt) considerou-o “uma das mais sólidas promessas do jazz nacional”.
Miguel Rodrigues, concluiu o curso profissional de Instrumentista Jazz no Conservatório de Música da Jobra e tem colecionado galardões: integrou o combo vencedor do concurso de escolas da 11.ª Festa do Jazz do São Luiz, integrando o quarteto do saxofonista Sócrates Bôrras ficou em segundo lugar na categoria de Jazz Combo na edição de 2016 do Prémio Jovens Músicos da RTP/Antena 2.
Como músico “freelancer”, já tocou, em diferentes contextos, com Albert Cirera, Carlos Bica, Demian Cabaud, João Guimarães, Paulo Perfeito, Gileno Santana, Xosé Miguelez entre muitos outros e nas suas colaborações extravasam os domínios do jazz, tendo já tido oportunidade de tocar com António Zambujo, Elisa Rodrigues, Jorge Palma, Miguel Araújo, Tatanka.
Há vários anos que Miguel Rodrigues tinha vontade de explorar o cruzamento de ideias escritas com a criação em tempo real e em 2019 surgiu a oportunidade de pôr mãos à obra no âmbito do apoio à edição discográfica da Cena Jovem Jazz.pt, iniciativa que se destina a dar resposta à falta de oportunidades de desenvolvimento de projetos artísticos por parte de jovens músicos.
Empa, ato de colocar uma estaca que sustenta plantas trepadeiras, tem tudo a ver com a música de Miguel Rodrigues que se faz acompanhar de José Diogo Martins ao piano e Demian Cabaud no contrabaixo. Neste encontro o trio lança-se numa constante de liberdade na criação musical em tempo real, em que é precisamente a improvisação que sustenta a música.
Francisco Sales
“MILES AWAY”
Francisco Sales leva-nos, no seu estilo único de tocar, numa viagem através da sua música situada algures entre o jazz de Pat Metheny e o som cinematográfico de Ry Cooder ou Gustavo Santaolala. Um convite para um cenário de paz e emoções positivas, um momento para se deixar transportar por cada som e efeito criado.
O virtuoso guitarrista e compositor português, que integra a famosa banda internacional Incógnito, apresenta “Miles Away”, o seu mais recente disco inspirado nas suas viagens e onde o músico mistura em doses bem equilibradas o jazz e música ambiental.
“Voltei para Portugal em 2017 onde vivo desde então. É o país onde me sinto mais inspirado para compor, onde gosto de apreciar a vida e onde me sinto mais seguro e feliz. Hoje em dia continuo a tocar com os Incognito pelo mundo inteiro, mas estou a viver em Portugal”, diz-nos o Francisco, que se mostra centrado e focado em desenhar agora o seu próprio futuro. “Quando regresso a casa destes concertos todos, tenho sempre trabalhado muito na minha carreira a solo e tenho tentado crescer com ela”.
Esse trabalho passa pelo desenvolver da sua visão artística e pelo aprofundar da sua relação com um instrumento que pode soar surpreendente nas mãos certas. Essa surpresa tem sido uma constante quando Francisco Sales se apresenta a solo, mostrando a sua forma particular, aventureira e altamente hipnótica de tocar guitarra. Essa originalidade já lhe valeu, aliás, convites para abrir concertos para gente como Rodrigo Leão, Avishai Cohen ou Diana Krall.