
Incubadora de empresas de Gouveia acolheu o primeiro “Cybersecurity on The Rock”
Decorreu ontem, na incubadora de empresas de Gouveia o primeiro “Cybersecurity on The Rock”.
Um evento, que se pretende anual, enquadrado no mês da cibersegurança, e organizado com o principal objetivo de partilhar a estratégia do The Rock enquanto ecossistema de cibersegurança Português, bem como lançar à discussão um conjunto de temáticas prementes ao atual enquadramento da cibersegurança em Portugal.
A sessão de acolhimento foi iniciada por Nuno Ramos, responsável financeiro do projeto The Rock, que deu as boas vindas aos presentes e enquadrou a iniciativa, passando depois a palavra a Luís Tadeu, Presidente da Câmara Municipal de Gouveia, que referiu que “estas áreas de negócio são muito importantes, não só pela abertura de áreas de atividade futura para os nossos jovens, enquanto desafios para as suas vidas, mas também como projetos de vida para outros que podem vir trabalhar para o concelho de Gouveia, aqui se fixarem, terem a sua família e dessa forma ajudarem-nos a combater o maior problema que temos, que é demográfico”.
Seguiu-se o Contra-Almirante António Gameiro Marques Diretor-Geral do Gabinete Nacional de Segurança e do Centro Nacional de Cibersegurança, alertando “que este assunto da segurança digital, da segurança do ciberespaço tem de ser estendido a todo o país, porque onde há digital, onde há meios digitais, há possibilidade de haver comprometimento daquilo que nos é mais caro, a nossa privacidade…”
Posteriormente, usou da palavra Lino Santos, Coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), afirmando que “a proteção dos cidadãos é uma responsabilidade partilhada, desde logo pelo Estado que tem uma grande responsabilidade em relação às disrupções que a tecnologia pode trazer (…) Por outro lado e ainda na lógica da proteção dos cidadãos é fundamental contribuir para o desenvolvimento de competências digitais, essa literacia é essencial e todos os esforços que melhorem e acelerem a formação das pessoas são preponderantes para a resiliência da sociedade”.
Num segundo momento Francisco Rente, especialista em Cibersegurança e um dos sócios do The Rock, apresentou o projeto aos presentes, acrescentando que “o The Rock ambiciona criar um ecossistema de cibersegurança em Portugal, não só virtual mas também físico, que proporcione a todos os atores do setor a criação de sinergias, unindo forças para irem mais à frente”. Na perspetiva de “aprender com quem sabe”, como o próprio referiu, ou melhorar o conceito, Francisco Rente dirigiu-se ao Coordenador do CNCS, Lino Santos, a quem dirigiu algumas questões, bem como a João Annes, Chief Information Security Officer @ ANA – Aeroportos de Portugal, SA./ VINCI.
Após este momento, procedeu-se à assinatura de protocolos com as instituições de ensino presentes, nomeadamente com o Instituto Politécnico da Guarda, representado pelo seu Presidente, Professor Joaquim Brigas; com o Instituto Politécnico de Viseu, representado pelo Professor Doutor Filipe Caldeira, com o Novotecna, representado por Horácio Pina Prata e pelo Instituto Pedro Nunes, representado por Paulo Santos.
O período da tarde foi dedicado à caça de talentos – “Talentos Procuram-se!”, tendo sido promovida uma palestra com o orador Jorge Pinto, da Associação Portuguesa dos Profissionais de Segurança de Informação (AP2SI), dirigida, essencialmente, a alunos do Ensino Secundário.
À qual se seguiu uma mesa redonda sobre o Decreto-Lei 65/2021, com João Miguel Gabriel e com o Eng.º Thiago Leite, ambos especialistas nesta matéria, que define as diretrizes do Regime Jurídico da Segurança do Ciberespaço, nomeadamente as medidas comuns de segurança de redes e SI nos Estados-Membros da União Europeia e a sua aplicação concreta às autarquias.
O dia culminou com sessões técnicas que contaram com a presença de Pedro Pinto, responsável pela Cibersegurança do Politécnico da Guarda, Bernardo Rodrigues, especialista em Cibersegurança e João Pinheiro, especialista em desenvolvimento de software.