Mais Beiras Informação

Diretor: Paulo Menano

Autárquicas 21: Entrevista a Liliana Amaral, candidata pelo PS à Junta de Freguesia de São Pedro do Rio Seco


Após quatro anos de mandato, retomam agora as eleições para as Autárquicas 2021 e o Mais Beiras Informação decidiu ir ao encontro dos candidatos, colocando-lhes algumas questões, para que possam partilhar a sua visão e planos para o futuro do Município a que se candidatam. Liliana Amaral é candidata pelo PS à Junta de Freguesia de São Pedro do Rio Seco.

 

Quais os motivos da sua candidatura a estas Autárquicas?

Os motivos que nos levaram a candidatar-nos a estas Autárquicas é a consciência da necessidade de desenvolver a nossa freguesia do ponto de vista sociocultural, porque o que nos preocupa são as pessoas, o seu bem-estar e a qualidade de vida da nossa população.

 

O que considera ter de diferente dos outros candidatos, para se candidatar a este mandato?

Aquilo que para muitos poderia ser um aspeto menos positivo é, no nosso entender, a nossa maior força. Somos uma equipa  de jovens unidos por um desejo comum, isto é, trabalhar em prol da comunidade onde nascemos, crescemos e vivemos. Este parece-nos o momento de agradecer e retribuir a todos aqueles que ao longo dos tempos deram o melhor de si, proporcionando maior qualidade de vida à população de S. Pedro.

 

Quais os setores/áreas/investimentos que considera importantes impulsionar ou melhorar na região?

A nossa região sofre dos mesmos problemas que a generalidade das regiões do interior: o envelhecimento da população e o desinvestimento a todos os níveis, seja cultural, econômico ou social.
Não podemos pedir medidas avulsas e o que nos comprometemos é: dar o nosso contributo para a tomada de medidas de incentivo à fixação de empresas e entidades que promovam e ajudem a região no seu desenvolvimento.
É fundamental que as pessoas vejam as potencialidades e capacidades deste concelho e sintam que podem, connosco, fazer a diferença.

 

Que análise faz aos últimos quatro anos da Freguesia?

Este, como muitos outros, é um trabalho coletivo em que todos os contributos são importantes. Nós estamos a dar o nosso, com a apresentação das nossas propostas e esperamos ter a capacidade de ser consensuais nas nossas decisões, sem nos desviarmos dos nossos objetivos e valores. Cada um tem de assumir as consequências das suas palavras, ações, após o balanço do que correu melhor e menos bem.
Para nós, do passado mais recente ou mais longínquo, só nos interessa o que tem valor para a nossa aldeia. Queremos fazer hoje mais e melhor e projetar o futuro, que é já amanhã. Este é um processo de aprendizagem e são os erros do passado que nos permitem evitá-los no futuro. O bem de uns é o bem de todos!

 

Acredita que os recursos, que a Junta dispõe, são suficientes para fazer face às necessidades dos cidadãos que aqui residem?

É óbvio que os meios são sempre insuficientes para as necessidades. Todos gostaríamos de realizar num ano aquilo que consideramos ser fundamental para a nossa população. No entanto, temos consciência que não é possível. Daí que um dos nossos compromissos é a realização de uma gestão equilibrada, cuidada e rigorosa das verbas que nos são atribuídas.
Estabelecemos as nossas prioridades e cumpri-las-emos ao longo do nosso mandato.

Sendo uma Freguesia situada no Interior, que políticas acredita serem necessárias implementar pelo Governo para diminuir o despovoamento e desertificação?

De certa forma esta questão já integra a resposta dada anteriormente; confiamos ao governo central um olhar atento e dedicado, num investimento em consonância, para as regiões do interior, para promover o seu desenvolvimento. Cabe exigir às autarquias projetos e ideias que levem a cabo a implementação desta missão. Para que tal aconteça, é necessário que se deem incentivos para que pessoas mais novas se desloquem e fixem, dado que aqui encontram a qualidade de vida que se perdeu, e continua a perder nos grandes centros urbanos.

Que medidas pretende implementar para captar investidores para a freguesia?

Tendo em conta as características das populações desta região, aliadas aos fracos recursos que as freguesias dispõem, é utópico pensar que por si só conseguiram resolver uma questão que os diferentes governos centrais não conseguiram até hoje. Estamos disponíveis para ajudar, mas esta é uma questão cuja solução se encontra bem acima do poder de uma pequena freguesia, de pequenas populações. Havendo incentivos à fixação de empresas, criação de protocolos para que a população ativa a elas pudesse aceder, tudo seria mais fácil. Mas são vários os caminhos.

Que conselho daria a um deslocado em busca de novas oportunidades no Interior?
Neste momento e, tendo em conta a especial situação do país e do mundo, com o crescimento do desemprego à falta de motivação, faz com que esta seja uma tarefa muito difícil. Se este é o panorama nacional é claro que, em regiões votadas a um quase abandono, se torna ainda mais complicado criar e dar condições que façam face às múltiplas necessidades das pessoas. E também para mostrar que é possível dar alguma esperança a quem aqui vive que nós, mais jovens, assumimos este desafio nestas condições. Esperemos com isso criar oportunidades para algum destes deslocados.