Autárquicas 21: Entrevista a Ana Paula Ferreira, candidata à Freguesia de Almeida pelo PSD
Após quatro anos de mandato, retomam agora as eleições para as Autárquicas 2021 e o Mais Beiras Informação decidiu ir ao encontro dos candidatos, colocando-lhes algumas questões, para que possam partilhar a sua visão e planos para o futuro da Freguesia a que se candidatam. Ana Paula Ferreira é candidata pelo PSD à Freguesia de Almeida.
Quais os motivos da sua candidatura a estas Autárquicas?
Os motivos que me levaram a aceitar o convite para formar uma lista de candidatura à Junta de Freguesia de Almeida são os muito simples: sentir Almeida como sendo também a minha terra e ter vontade de contribuir ainda mais na vertente social desta estrela única.
É para mim um orgulho encabeçar esta lista de 15 pessoas tão diferentes, mas com um objetivo comum: desenvolver trabalho em prol da população em todas as vertentes.
O que considera ter de diferente dos outros candidatos, para se candidatar a este mandato?
Somos 3 candidatos e certamente todos diferentes.
A mim move-me a vontade de estar próxima das pessoas, de as ouvir e de as convidar a participar na construção de um projeto que visa manter o que está bem e melhorar o que está menos bem.
Quais os setores que considera importantes impulsionar ou melhorar na região?
Fomos assistindo, ao longo dos anos, a um decréscimo de investimento a nível de comércio em Almeida. É necessário arranjar estratégias para que este setor seja estimulado e revigorado.
Também a área da saúde me merece uma referência uma vez que a nossa população está cada vez mais envelhecida e carente de cuidados extra nesta secção.
Que análise faz aos últimos quatro anos da Freguesia?
Enquanto residente em Almeida acredito que a atual Junta de Freguesia tenha dado o seu melhor para agradar à população.
Não nos podemos esquecer que os dois últimos anos foram assombrados pelos confinamentos impostos pela Covid-19 que pode ter condicionado a concretização de mais projetos.
Acredita que os recursos, que a Junta dispõe, são suficientes para fazer face às necessidades dos cidadãos que aqui residem?
Sei que os orçamentos e recursos humanos e físicos de uma Junta de Freguesia não se podem comparar, por exemplo, aos de uma Câmara Municipal. Mas acredito que temos de ser criativos e ativos na procura e concretização de parcerias, projetos e protocolos com outras instituições no sentido de levarmos os nossos desejos a bom porto.
O sucesso dependerá também para onde e como direcionarmos a nossa energia, tempo e recursos financeiros.
Sendo uma Freguesia situada no interior, que políticas acredita serem necessárias implementar pelo Governo para diminuir o despovoamento e a desertificação?
A perda de população e o envelhecimento são dois problemas que assolam o território português em geral, e o interior em particular. Penso ser essa questão que mais trava o desenvolvimento da região.
Não consigo encontrar uma solução “mágica” para esse problema, mas considero que se podia apostar um pouco mais num ensino profissional que formasse jovens em profissões que começam também a escassear no interior. A título de exemplo posso mencionar a falta de profissionais nas áreas de canalização, eletricidade, gerontologia, agricultura, etc.
Era desejável que mais pessoas se fixassem em Almeida com investimentos próprios e para que isso aconteça deveria haver a criação de verdadeiros subsídios por parte do Governo Central nomeadamente para a instalação de jovens empresários no interior do país. E acrescento que, também por parte do Governo Central, deveriam ser criadas medidas a longo prazo para incentivo à natalidade, pois a atribuição de um “prémio “monetário pelo nascimento de uma criança em nada resolve o problema.
Que medidas pretende implementar para captar investidores para a Freguesia?
Não sei até que ponto a Junta de Freguesia tem essa capacidade.
Mas arrisco dizer que sendo Almeida uma vila transfronteiriça, talvez fosse possível a colaboração da Junta de Freguesia com o Município para encontrar investidores, também do outro lado da fronteira, através de candidaturas a fundos comunitários, por exemplo.
Como acha que deve a Junta de Freguesia proceder, para procurar fazer face ao desemprego crescente na região?
A Junta de Freguesia pode manter um contacto estreito com o IEFP da região no sentido de divulgar as necessidades existentes. Pode também fazê-lo sendo um elo de ligação entre as instituições locais que procuram empregados e as pessoas que procuram emprego.
Que conselho daria a um deslocado em busca de novas oportunidades no Interior?
Na minha opinião, no interior, especificamente em Almeida, existe qualidade de vida.
Eu aconselharia as pessoas a pesarem os prós e os contras na tomada de decisão e por fim, se as vantagens fossem superiores às desvantagens, incentivava-as s a serem inovadoras, a investirem em setores tais como a agricultura ou comércio, informando-se sobre os apoios financeiros existentes.
