
Câmara da Guarda espera a “melhor solução possível” para a fábrica Dura
Carlos Chaves Monteiro pede serenidade entre as partes envolvidas, para que a decisão final, que depende da administração, possa ser “a melhor solução possível”. Esta quinta-feira, no período de Antes da Ordem do Dia da Assembleia Municipal (AM) da Guarda, foi aprovada, por unanimidade, uma moção a apelar ao Governo que desenvolva “todos os esforços” para que seja encontrada “uma solução de continuidade” para a empresa.
O presidente da Câmara Municipal da Guarda admite que a situação na fábrica Dura é “difícil”, no entanto, considera que o trabalho que tem vindo a ser feito pelas várias entidades envolvidas no processo, incluindo a autarquia e o Governo, tem sido “o trabalho necessário” para que se possa “contar com a melhor solução possível”.
“E essa, [a melhor solução possível], ainda não a conhecemos. Não somos capazes de diagnosticar aquilo que vai ser o resultado final. Sabemos que a situação é difícil”, disse o autarca, no período de Antes da Ordem do Dia da Assembleia Municipal (AM) da Guarda esta quinta-feira, onde foi aprovada, por unanimidade, uma moção a apelar ao Governo que desenvolva “todos os esforços” para que seja encontrada “uma solução de continuidade” para a empresa.
A Dura Automotive – Indústria de Componentes para Automóveis, Lda., instalada na freguesia de Vila Cortez do Mondego, no concelho da Guarda, tem mais de uma centena e meia de trabalhadores.
Na moção, apresentada pelo deputado Rui Ribeiro (PS), é referido que, desde o primeiro trimestre deste ano, a fábrica tem sido notícia “pelos piores motivos”. Nessa altura, referiu o PS, foi dada nota, pela Comissão de Trabalhadores, “que a empresa estaria com dificuldades em manter os atuais níveis de atividade naquela fábrica, devido às encomendas ao grupo estarem prestes a sofrer uma importante redução”.
Face à “enorme preocupação” com o cenário de redução da laboração e da paragem da fábrica, a AM deliberou, por unanimidade, “instar o Ministério da Economia, a Secretaria de Estado da Economia e a Secretaria de Estado da Internacionalização, bem como os organismos públicos por si tutelados com competências na dinamização empresarial, a desenvolver todos os esforços na busca de uma solução de continuidade para a fábrica”.
Carlos Chaves Monteiro referiu ainda que, neste processo, a “diplomacia funcionou” e o secretário de Estado da Internacionalização tem “encetado contactos diversos e abrangentes” e deles tem “dado conhecimento aos diversos interlocutores”. “E, por isso, eu pedia mais alguma serenidade para que o último resultado e aquele [por] que se luta e [por que] todos lutamos, possa passar sempre pelo não encerramento da empresa. Mas, claro, é uma matéria relevante, é uma questão que nos preocupa a todos e, por isso, em boa hora, ela também veio aqui à nossa Assembleia Municipal”, concluiu.