
´Cântico Negro´ do TeatrUBI e da ASTA distinguido em Marrocos
Grand Prix du Festival e Best Directon Award para Rui Pires, foram os prémios que as companhias covilhanenses alcançaram no 14.º Festival International du Théâtre Universitaire de Tanger (FITUT). Rita Andrade e Sara Cruz foram também nomeadas para o Prémio de Melhor Atriz.
O espetáculo Cântico Negro produzido pelo TeatrUBI e pela ASTA, voltou, este sábado, 30 de outubro, a ser distinguido internacionalmente.
Em 2019 a peça que cruza o teatro com a dança já tinha ganho o Prémio de Melhor Espetáculo em Espanha, na Mostra Internacional de Teatro Universitário de Ourense.
Em Tânger, “Cântico Negro” inaugurou o festival, sendo a primeira companhia subir a palco no passado dia 25 de outubro, no Anfiteatro da University of New England (Tangier Campus), onde surpreendeu e obteve rasgados elogios por parte do público, que lotou a sala, e da imprensa local. No final a comitiva deu várias entrevistas para a televisão, rádios e jornais marroquinos, presentes durante a apresentação, que se voltaram a repetir após a Cerimónia de Encerramento do Festival.
“Cântico Negro” é uma criação e encenação de Rui Pires, que conta com o desenho de luz de Pedro Fonseca e a co-criaão e interpretação de Edmilson Gomes, Marina Schneider, Rita Andrade e Sara Cruz. Colaboraram ainda no processo criativo Helena Ribeiro e Mário Fonseca.
Além do espetáculo do TeatrUBI e da ASTA, que representou Portugal no Festival de Tânger, estavam ainda presentes três companhias de Marrocos, uma da Bélgica, Jordânia, Palestina, Kuwait, Arábia Saudita, Egipto, Itália, China e Lituânia.
Recorde-se que esta é a segunda vez que o TeatrUBI e a ASTA participam neste festival, em 2016, na 10.ª edição do FITUT, as companhias covilhanenses apresentaram o espetáculo “Sangue e Outras Substâncias”, uam criação e encenação de Rui Pires e Sérgio Novo, que também foi distinguido com dois Prémios: Melhor Coreografia e Prix de la Mise en Scène.
Não podemos deixar de agradecer ao FITUT, um dos mais importantes festivais internacionais, que conta com o Alto Patrocínio de Sua Majestade, o Rei Mohammed VI, e a toda a equipa da Université Abdmalek Esaadi, que organizou o festival e nos acolheu durante todo o festival.
E porque nunca é demais, transcrevemos aqui as palavras que jornalista Laksir Fatima Zahra, escreveu sobre “Cântico Negro”:
Portugal, TeatrUBI “Cântico Negro”
La troupe portugaise TeatrUBI, nous a emmenés aujourd’hui vers un autre monde impressionnable et ardemment affectif. Les mouvements corporels de nos artistes talentueux, nous ont charmés et leurs regards séduisants ont bouleversé nos coeurs et y ont mis du baume.
C´était une formidable oeuvre qui ilustre artistiquement l´évidence humaine, et éclaire, à découverte, l´état claustré de tout individu qui, méme entoure par une affluence de personnes, peut se sentir seul et solitaire.
Au fond de chacun de nous, le chagrin prend place, quando la niut tombe, seules les Etoiles sont témoins de nos larmes qui imbibent de mains, et de nos mélancolies refouléss qui nous hantent et nous détruisent au fil du temps.
Et c´est à la longue que l´étre humain affermit que la dissimulation du chagrin et des noirceurs qui l´effrayent, les transmuent en des douleurs physiqyes qui prendront racine en lui, sempiternellement. Réprimer sa colére et son mécontentement n´a jamais été une victoire, c´est plutôt le plus grand crime et la plus grave des atrocités qu´il peut commenttre envers lui-même, et qui ne peut que renforcer l´asymétrie morale incommensurable qui persiste entre le rapport de soi à soi et le raport de soi à autrui.