Mais Beiras Informação

Diretor: Paulo Menano

Autárquicas 21: Entrevista a Carlos Fernandes, candidato da CDU à União de Freguesias de Vale Formoso e Aldeia do Souto (Covilhã)


Após quatro anos de mandato, retomam agora as eleições para as Autárquicas 2021 e o Mais Beiras Informação decidiu ir ao encontro dos candidatos, colocando-lhes algumas questões, para que possam partilhar a sua visão e planos para o futuro do Município a que se candidatam. Carlos Fernandes é o candidato da CDU à União de Freguesias de Vale Formoso e Aldeia do Souto, na Covilhã.

 

Quais os motivos da sua candidatura a estas Autárquicas e quais os pilares da mesma?

Visto ser um ativista político e ambiental na defesa dos idosos e na proteção do meio ambiente e animais e gostar de discutir temas que envolvem a humanidade e suas preocupações no âmbito de evolução social e proteção das pessoas decidi depois de ter sido convidado para encabeçar o movimento da CDU nas ultimas autárquicas no agrupamento de freguesias de Vale Formoso e Aldeia do Souto, mas onde não me sentia disponível visto o meu interesse social na luta contra a corrupção nacional e internacional, decidi nestas autárquicas de 2021-2025 em colaboração com apoiantes que me sustinham de me candidatar à junta de freguesia, visto as grandes necessidades locais, no que diz respeito a organização de trabalhos e transparência, estarem a ser mal desempenhadas e pouco ou nada transparentes para com os populares e administração publica e que vi que eu poderia trazer algo de novo no impulsionamento de novas dinâmicas de trabalho e apoios, à própria questão integrativa de empresas e pessoas no tecido público e de organização pública, para assim podermos ser conhecidos valformosenses e soutenses como povos de rigor e transparência que apostam na inclusão e respeito pela terceira idade e infância, onde o respeito por os direitos do trabalhador estariam acima de qualquer preocupação como forma de proteção familiar  e de respeito pela constituição e pelos poderes públicos soberanos !

 

O que considera ter de diferente relativamente aos outros candidatos?

Embora não sendo uma pessoa formada com currículos académicos, considero-me uma pessoa ativa e responsável pois comecei a trabalhar tinha 15 anos começando por abandonar a minha localidade devido às práticas de abuso laboral  e que em nada me satisfaziam, que pelo contrário me deixavam extremamente preocupado pois sempre prezei o respeito profissional e o respeito moral e o que tenho constatado é que todas essas práticas continuam mesmo depois de todos os outros candidatos terem participado em diferentes ocasiões como representantes locais administrativos em candidaturas diferentes, mas que em nada mudaram a realidade social pois os problemas mantêm-se e se esses candidatos estivessem empenhados em criar mudanças comportamentais já o teriam feito em exercício de funções coisa que não constatámos e como sou uma pessoa dinâmica e que fui inúmeras vezes chefe de equipa onde prezo metodologias responsáveis e hierárquicas, penso ser capaz com a minha equipa de criar uma nova realidade sociocultural e administrativa que a todos poderá beneficiar no combate ao abandono local por parte de jovens e famílias que ao não terem condições são obrigadas a procurar novos destinos deixando assim as comunidades mais desertificadas, o que impede o crescimento populacional !

 

Quais os setores/áreas/investimentos que considera importantes impulsionar ou melhorar a freguesia?

Considero que existe muito a fazer pois cada vez mais constatamos que as localidades de Vale Formoso e Aldeia do Souto se encontram desamparadas pelos poderes públicos e administrativos. Temos um grande número de pessoas idosas que cada vez mais se encontra desamparada devido à falta de interesse administrativo no que é o cuidado e assistência da terceira idade, jovens e infância e que compromete o futuro de todos pois nem encontramos apoios didáticos para a terceira idade nem existem apoios aos jovens e infância, com a criação de atividades seja culturais seja desportivas ou de apoio ao ensino especial e de vertente artística que mete em causa a sustentabilidade intelectual e de integração populacional no dinamismo sociocultural ! Temos também uma fraca assistência no que diz respeito ao tecido empresarial, que em muito deixa a desejar com o fraco apoio no que diz respeito a formações especificas nas diferentes empresas e que desmotiva a fixação populacional e familiar e que não pode continuar para assim poderem evoluir como empresas responsáveis que se preocupam com as famílias e as gentes que nas nossas empresas trabalham e que de mesma forma almejam uma carreira digna. Muitos dos nossos trabalhadores têm poucos estudos, o que dificulta a vida das famílias na fixação e dinamismo profissional! Queremos também satisfazer os nossos habitantes com a criação de uma zona balnear e de pesca, que em tempos foi um dos principais pontos de diversão da Serra da Estrela, e que acolhia pessoas de tanto locais e que agora deixa as comunidades desamparadas no dinamismo didático e de interesse social, quer por atividades desportivas quer por zonas de reunião familiar. Temos também uma preocupação muito séria no que diz respeito à conservação de caminhos rurais e do meio florestal e conservação de espécies animais, com o território a encontrar-se entregue ao abandono, degradando assim a qualidade de vida das populações e que não podemos permitir.

 

Qual a análise que faz aos últimos quatro anos da freguesia?

Trágica e desoladora, pois podemos constatar que regredimos tanto em qualidade de vida como em apoio social ou cultural onde o associativismo deixou de existir por falta de apoios na transparência e acarinhamento populacional deixando assim as pessoas mais desprotegidas em termos de segurança pública e de salubridade pois o interesse administrativo concentrou-se no apoio a sectores que poderiam ser de impulsionamento independente e que com esta forma de pensar beneficia sectores e classes de famílias da classe média-alta, deixando assim as famílias de classe média e baixa entregues a si próprios quando sabemos que existem fundos e verbas disponibilizadas para o apoio aos mais desfavorecidos e que sofrem de exclusão e se encontram desamparados e sem alternativas quer profissionais quer de acompanhamento social e formativo no que diz respeito à inclusão e respeito pela pessoa humana e pela Constituição!

 

Como olhar para os dados dos últimos Censos da freguesia divulgados em Julho pelo INE?

Podemos constatar que os dados referidos pelo INE são resultado da falta de apoio por parte dos poderes públicos locais e camarários no controlo e fiscalização que fizeram e que cada vez mais por falta de apoio nas famílias e no bem-estar social leva as pessoas a procurarem novos destinos para assim poderem criar família e onde verificamos que muitos dos habitantes que abandonaram as localidades eram famílias inteiras, o que deixa cada vez mais uma preocupação no que diz respeito a boas praticas de trabalho empresarial e de administração publica local.

 

Falando de uma freguesia localizada num concelho situado no Interior, que políticas acredita serem necessárias implementar pelo Governo para diminuir o despovoamento e a desertificação desta região?

Creio que se fosse feito um bom trabalho camarário no que diz respeito ao controlo, fiscalização e patrulhamento em muito se poderia melhorar tanto na fixação de pessoas como na criação de novas empresas, o que impulsionaria no regresso dos nossos emigrantes que tanta falta fazem às nossas populações, mas que não tendo qualidade de vida e respeito por parte dos poderes públicos hesitam em vir fixar-se nas nossas comunidades procurando assim novos destinos que lhes permitam ter boa qualidade de vida no que diz respeito à mobilidade e proximidade de organizações e empresas responsáveis que aportam estabilidade ao ambiente familiar ! Seria importante também aumentar o Orçamento de Estado dirigido para a freguesia para assim podermos criar infraestruturas e contratar mais pessoas para a temática que nos faz mover que é o acarinhamento populacional com a criação de infraestruturas e de dinamismo quer cultural quer de desenvolvimento local.

 

Fernando Gil Teixeira