
Covilhã: Tentativa de assédio em autocarro com destino à Covilhã
Foi a Beira Baixa TV que deu a conhecer o relato, realizado pela esposa de uma testemunha que seguia no autocarro que, na sexta-feira, fazia a ligação Lisboa-Guarda.
“A rapariga vinha também de Lisboa – Sete Rios, com destino à Covilhã, porque o autocarro ainda seguia para a Guarda. Acontece que ali, perto do Fundão, o autocarro já vinha atrasado, vinha com um atraso de cerca de 35 minutos, o meu marido disse-me que já estava a caminho da Covilhã, quando me disse também que a rapariga que vinha no assento à frente dele, tinha sido assediada. Eu perguntei-lhe se a pessoa em questão também vinha no autocarro porque, às vezes, podia ter sido numa paragem ou assim, disse-me que vinha, que saía toda a gente pela frente e que tinha perto de 40 anos, a pessoa em questão que tentou assediar a rapariga. Ela deve ter uns 20 e poucos anos, é novinha. Entretanto, eu cheguei à Central de Camionagem, havia mais gente, eu fui com os meus pais, já estavam os pais da rapariga em questão, estava um aparato policial com três carros da polícia, entre 9 a 10 agentes da PSP. Ninguém saiu do autocarro, saiu primeiro a rapariga ‘lavada em lágrimas’, ela metia mesmo pena, e depois saiu ele, foi logo agarrado pela polícia e foram os dois identificados. Nós acabámos por vir embora, o assunto não era conosco, mas o autocarro ainda ali esteve parado bastante tempo. Devia ter entrado na Covilhã por volta das 21h25 e chegou por volta das 22h00 e qualquer coisa”.
Sobre os contornos em que a alegada tentativa de assédio terá acontecido, a esposa da testemunha afirma: “Nós só conseguimos perceber ao fim. Ele, pelos vistos, tentou apalpá-la, vinha no lugar ao lado dela, não se conheciam. Só que a rapariga, numa estação, falou com outra rapariga mas, ao invés de falar mesmo, mostrou-lhe por mensagem o que se tinha passado e outra rapariga é que foi falar com o condutor. Isto para não levantar alarido para ele não ter uma oportunidade de fuga”.
Sobre uma eventual tentativa de ameaça, a mesma pessoa, diz: “Nós isso, não conseguimos saber, só soubemos mesmo que ela foi alvo de tentativa de assédio, infelizmente”, acrescentando que: “são coisas que devem ser reportadas”.
A Beira Baixa TV contactou a PSP da Covilhã e de Castelo Branco, que disseram não ser possível prestar esclarecimentos.