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Diretor: Paulo Menano

Crónica: Serranos de garras afiadas vencem Mafra e seguem para a fase de grupos


O Sporting da Covilhã conseguiu hoje uma vitória importantíssima, em casa, diante do CD Mafra, em jogo a contar para a segunda fase da Taça da Liga, por 3-1.

Num jogo que fica marcado pelo regresso de público ao Santos Pinto, pouco mais de uma centena de adeptos estiveram presentes, muito devido às regras restritivas à entrada ainda existentes. O jogo começou com um Mafra melhor e mais impetuoso, a criar a primeira ocasião de perigo por Inácio, a cabecear na sequência de um livre, muito perto da barra da baliza de Léo. O Covilhã foi equilibrando a partida e a partir dos 15 minutos até ao intervalo, o jogo pertenceu por inteiro aos serranos. E se as equipas iam tendo nota alta, o árbitro nem por isso. Hélder Carvalho cometeu o primeiro erro clamoroso, com Diogo Almeida a ser empurrado à boca do golo depois de grande jogada e nada assinalou aos 17 minutos. A partir daí, os serranos cresceram e  foi uma jorrada de oportunidades, a primeira por Vilela aos 27 minutos, a responder a uma bela jogada entre Diogo e Jean que resultou em cruzamento, sem sucesso. E era nesta fase de ascendente serrano que o golo inaugural surgiria. Canto desviado, bola a ressacar à entrada de área e David Santos, à bomba e de meia distância a fuzilar Renan aos 30 minutos para o 1-0. O Covilhã continuou melhor e o árbitro continuou mal. No capítulo disciplinar e de marcação de faltas fez um jogo muito fraco, a dar muito facilmente amarelos aos jogadores serranos e nunca aos jogadores do Mafra, mesmo com o mesmo número de faltas e da mesma perigosidade. Este jogo marcou ainda o regresso de Rodrigo Martins à Covilhã, ele que esteve emprestado na época passada ao Covilhã, e mostrou mais do mesmo: enorme qualidade técnica, mas uma personalidade descontrolada e que influencia sempre a sua forma de jogar, não conseguindo tirar rendimento do que consegue fazer. Antes do intervalo ainda iam surgir mais 3 ocasiões para o Covilhã ampliar: uma de Jô que falhou sozinho de forma flagrante aos 40 minutos, outra de Vilela num remate potente fora de área para defesa apertada e novamente Jô a cabecear muito perto após grande jogada de Gilberto novamente.

Na segunda parte, o jogo mudou completamente. O Mafra mexeu e bem ao intervalo e entrou mais perigoso, mais agressivo e mais reativo às segundas bolas e às disputas físicas. O ascendente do Mafra fez-se nota e materializou-se no golo do empate. Bura apareceu solto a cabecear ao segundo poste, aproveitando a desatenção da defesa covilhanense. O Covilhã mexeu também e deu mais tranquilidade ao seu meio-campo e centro da defesa, muito pela entrada do central de alta envergadura Helitão, que fez um jogo soberbo na sua estreia no Santos Pinto. O defesa-central de 1.92m, veja-se bem, ia mesmo ser decisivo ao fazer o segundo golo de cabeça claro está a responder a um livre muito bem batido de Jean do lado esquerdo, já aos 88 minutos, para explosão de euforia dos adeptos presentes. Destaque ainda para a entrada de Arnold, no decorrer da segunda parte, a estrear-se pelo Covilhã poucos dias depois de chegar ao clube e logo com grande intensidade, como é conhecido e característica do próprio. O Covilhã soube lidar com a vantagem e protegeu muito bem tanto a bola como a sua baliza, ainda a tempo de marcar novamente. Diogo Almeida fez novamente um brilharete técnico lá na frente, mostrando muito bons indicadores neste jogo e sofreu falta (desta vez assinalada!) dentro de área, sendo assinalado penalty a favor do Covilhã. O capitão Gilberto como é seu apanágio, não desperdiçou e bateu com imensa classe para o 3-1 final.

O Covilhã segue agora para a fase de grupos da Taça da Liga e continua imbatível neste começo de temporada a todo o gás.

Fernando Gil Teixeira