
Época critica de incêndios termina hoje
Apesar das temperaturas que se fazem sentir, a época de fogos considerada mais critica termina esta segunda-feira, 30 de novembro. De acordo com a Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), a partir de amanhã o país passa a ter menos meios operacionais.
A partir de amanhã, terça-feira, o país vai estar num nível de empenho operacional denominado “reforçado de nível III”, verificando-se uma redução de meios nos primeiros 15 dias de outubro. A partir do dia 16 de outubro, e até ao fim do mês, o país entra no nível operacional “reforçado de nível II”, passando a “permanente de nível I” nos dois últimos meses do ano.
Depois do empenho operacional “reforçado de nível IV” dos últimos três meses, o nível da primeira quinzena de outubro integra até 9.279 elementos (11.492 de julho a setembro) e até 1.972 veículos (2.493 até agora) dos vários agentes presentes no terreno e até 60 meios aéreos, além de 2.147 equipas (menos 503 do que nos meses mais críticos). De 15 a 31 de outubro os meios aéreos passam a 39, embora a avaliação do perigo possa determinar o empenhamento de outros meios.
Nos dois últimos meses do ano, em que a mobilização de meios é a mais baixa, os meios aéreos permanentes passam a 17, três do Estado e 14 locados.
Também com o nível I, o período de 01 de janeiro e 14 de maio conta com as forças de empenhamento permanente e 14 meios aéreos.
Dados disponíveis na página da Internet do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) indicam que este ano, até 27 de setembro, deflagraram 10.289 incêndios rurais, que atingiram 41.006 hectares, 51% de povoamentos florestais, 38% de matos e 11% de agricultura.
Até 01 de julho tinham deflagrado 4.888 incêndios rurais que atingiram 9.705 hectares de florestas, 41% dos quais em povoamentos florestais, 43% em matos e 17% em áreas agrícolas. Os números indicam que houve um aumento para o dobro do número de incêndios e quadruplicou a área ardida.
Até agora a época de incêndios foi também marcada por vários acidentes com aeronaves, o último deles a 05 de setembro, quando um piloto morreu na sequência da queda do helicóptero que operava no combate a um incêndio em Valongo. O acidente foi o sexto envolvendo aeronaves de combate a incêndios durante este ano, depois de se terem registado situações em Ferreira do Zêzere e Tomar junto à Barragem de Castelo de Bode, distrito de Santarém, Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra, barragem do Beliche, no Algarve e Sabugal, no distrito da Guarda.