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Diretor: Paulo Menano

Exposição de Jorge Marquez no Município de Proença-a-Nova


A exposição pode ser vista no Posto de Turismo, na Rua do Rossio, em Proença-a-Nova, no horário de segunda a sexta-feira entre as 9h00 e as 18h30, aos sábados entre as 9h30 e as 15h00 e aos domingos e feriados entre as 9h30 e as 13h30.

No dia da inauguração da exposição “Artesão de Arame”, o presidente da Câmara Municipal, João Lobo, destacou o papel que a arte pode desempenhar ao nível da coesão dos territórios, aproximando neste caso os concelhos vizinhos de Proença-a-Nova e de Oleiros, onde Jorge Marquez reside.

Um piano, um saxofone, uma guitarra portuguesa, um gramofone, uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, um crucifixo, uma bicicleta ou uma moto: estes são alguns dos objetos em tamanho real a que Jorge Marquez deu vida recorrendo à arte da filigrana em arame e que agora estão em exposição no Posto de Turismo durante os meses de fevereiro e março. No dia da inauguração, que se realizou a 6 de fevereiro, o artista explicou o uso da filigrana, que anda pelo mundo inteiro: “gosto muito do que é nosso. Nós é que parece que não gostamos muito o que é nosso, mas eu gosto muito”. A diferença é que esta filigrana é feita com arame e não o material nobre com que costuma ser criada.

A residir no concelho vizinho de Oleiros, o objetivo de Jorge Marquez é criar um Museu de Arte Viva onde possa colocar as esculturas com o princípio de filigrana e as suas pinturas e trabalhar ao vivo, de modo que os visitantes possam ter a noção da execução de uma peça.

O artista explicou que gosta de trabalhar em várias peças ao mesmo tempo o que pode, por vezes, aumentar o prazo de execução das mesmas: o piano, por exemplo, demorou quase quatro meses a ser feito. “Pensava que ia ser mais fácil e afinal não foi, porque eu tento fazer o máximo possível de pormenores, tanto que ele tem cordas por dentro. Outro artista qualquer se calhar fecharia a tampa e ficava ali um retângulo. Eu não sigo isso porque quis que ele tivesse cordas e tudo isto demora muito tempo, mas é o pormenor que faz com que o meu trabalho seja melhor”, referiu.

Presentes na inauguração estiveram vários artistas do concelho, como Silvia Mathys, Cavalheiro Cardoso e Yola Vale, abrindo a possibilidade para uma futura colaboração, até porque as peças de Jorge Marquez incluem outros materiais para além do arame, por exemplo a cerâmica.

João Lobo, presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, salientou esta possibilidade, referindo também que “a arte pode estar ao serviço da coesão dos territórios”.