Mais Beiras Informação

Diretor: Paulo Menano

Governo determinado no reforço da segurança no Interior do país


O Governo está determinado em reforçar o sentimento de segurança no Interior do país, também como forma de conseguir repovoar territórios mais desfavorecidos. Quem o diz é o secretário de Estado da Valorização do Interior, João Paulo Catarino, que também considera que o processo de descentralização para a administração local e regional ajudará no desígnio de defender o Interior.

Dois meses após o início de funções, João Paulo Catarino disse, em entrevista à agência Lusa, que o Governo está “progressivamente a aumentar os elementos de segurança, nomeadamente da GNR”, no Interior do país, e sublinhou que irá continuar a fazê-lo. “As pessoas que hoje entram para a GNR têm de ter consciência de que a GNR não tem competência territorial – ou tem menos – nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e nas cidades. E quem entra e se propõe a entrar para a GNR tem de ter consciência de que vai trabalhar para estes territórios do Interior. É isso que temos de fazer com a GNR e com outros organismos públicos”, avisou.
O governante disse ainda que, pese embora haver uma baixa criminalidade no Interior, isso não significa que se reduza o contingente alocado a estas regiões, até porque o sentimento de segurança é determinante para a fixação de pessoas. “O senhor ministro da Administração Interna também já disse que não iriam fechar postos [da GNR] nestes territórios. Aliás, ainda recentemente, anunciou, no espírito da descentralização, um novo serviço para a Guarda”, explicou João Paulo Catarino, aludindo à criação de um centro de educação rodoviária naquela cidade.
A criação da secretaria de Estado, de acordo com João Paulo Catarino, é o “sinal da importância que o Governo e o primeiro-ministro dão à valorização do Interior”, num esforço claro de que as temáticas sobre estes territórios são para ser “reforçadas”.
A sua localização, em Castelo Branco, é também o “sinal de que do interior podem sair decisões a nível nacional não emanadas diretamente de Lisboa ou do Porto”.
João Paulo Catarino recordou que o Governo está a reduzir os custos de contexto para as empresas que se fixem nestes territórios, a criar condições para que os fundos comunitários sejam majorados nestas situações ou a reduzir o IRC (imposto para as empresas) em função dos postos de trabalho criados, assim como está a agilizar processos para tornar os investimentos mais céleres.
O secretário de Estado explicou ainda que o processo de descentralização para a administração local e regional também ajudará no desígnio de defender o Interior.
“Além da grande virtude de estarmos a aproximar o decisor do destinatário da decisão, o que pode levar a decisões mais justas e equilibradas, com esta transferência de competências e verbas cria-se empregos”, disse.