
Incêndio na Guarda destrói viatura dos Bombeiros de Fornos de Algodres
Este sábado, deflagrou um incêndio às 12h21, num zona de mato na freguesia de Arrifana, no concelho da Guarda.
O incêndio começou num carro em chamas na A25, na zona de Arrifana, cerca do meio dia, na direção Guarda-Vilar Formoso.
No teatro de operações estiveram mais de 330 operacionais, mais de 100 meios terrestres e 11 meios aéreos. De salientar ainda que estiveram corporações dos Bombeiros de todo o distrito da Guarda, Viseu, Aveiro e outros distritos.
A viatura dos bombeiros de Fornos de Algodres, que combatia o incêndio ficou inoperacional, após ter sido atingida pelas chamas, mas, felizmente, não houve feridos.
O MaisBeiras Informação falou com Carlos Duarte, chefe de equipa que esteve em campo a combater o incêndio e contou-nos o que aconteceu.
“Pouco me apercebi da situação, eu estava na retaguarda com mais dois elementos a tentar combater o fogo e outros dois (operacionais) à frente com a viatura, só me apercebo de ver uma coisa fora do normal, um remoinho”.
Emocionado, Carlos confessa que, em 40 anos de serviço nunca tinha visto nada assim, quando se apercebeu, recorda-se de dizer à sua equipa “já fomos”, “foi como se o carro tivesse levado uma bofetada pelo fogo”.
Ainda tentaram intervir mas sem sucesso, a viatura ficou queimada pelas chamas e os operacionais tiveram de se proteger.
Falámos também com o Segundo Comandante Armando Costa que confessou que, embora o que aconteceu tenha sido uma “tragédia” o mais importante foi não terem havido feridos.
Considera que “as rotações de vento” podem ter sido a causa do fogo repentino que tomou a viatura dos bombeiros em chamas e refere que ” todos os operacionais que lá estavam eram experientes, com mais de 15 de serviço e o chefe já com mais de 40 anos de casa”.
Após saber do sucedido a sua preocupação foi saber se havia feridos, se os os seus homens estavam bem, depois disso mandou o seu oficial e um bombeiro para o terreno retirar os cinco operacionais que, se dirigiram para o quartel, falou com eles, prestou o apoio necessário e de seguida mandou-os para casa descansar.
O incidente com a viatura dos bombeiros ocorreu por volta das 15h00. Às 17h30, os cinco operacionais já estavam no quartel. O fogo continuou a decorrer, tendo sido dominado só por volta da 00h00.
A viatura queimada pelas chamas foi retirada e guardada. Armando Costa refere que “era já uma viatura antiga, com alguns anos, sendo que todos os anos era remodelada, estava operacional”.
Agora vão ter de aguardar pelo inquérito, fazer a avaliação da viatura e ver o que pode ser feito e que ajuda lhes vai ser prestada.
Embora não tenha havido feridos, foi um acontecimento que marcou estes bombeiros, que em tantos anos de serviço, não estavam à espera que isto acontecesse. Foi notória a emoção nas palavras de Carlos Duarte, considera que embora sejam “ossos do ofício” ficam sempre mazelas.
O incêndio chegou a estar muito próximo de habitações de Arrifana, Gonçalbocas, Rapoula, Alto de Valdeiras, Montes, entre outras.
Para além dos intervenientes referidos, estiveram igualmente presentes a Proteção Civil da Guarda, GNR, GIPS da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR, a Força Especial de Bombeiros “Canarinhos” e as Juntas de Freguesia nas freguesia onde deflagrou o fogo.
Dezenas de populares ajudaram no combate ao fogo.