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Diretor: Paulo Menano

OPINANDO:Balneários do Municipal do Fundão, a promessa de 1 de abril


Desde há alguns anos que os balneários do Estádio Municipal do Fundão pecavam pela falta de condições, assim como pela insuficiência de espaços. Por conseguinte, foi com naturalidade que se recebeu a promessa efetuada por Miguel Gavinhos no decurso da Semana Europeia do Desporto, realizada nos últimos dias de setembro de 2020. De acordo com o vice-presidente da CM do Fundão, simultaneamente responsável pelo pelouro do Desporto, seriam investidos cerca de 170 mil euros em quatro balneários e uma sala de apoio médico que deveriam estar concluídos em 2021.
Durante quatro anos assistiu-se a um silêncio ensurdecedor por parte deste responsável político. O tema apenas foi recuperado na reunião pública do executivo municipal de 30 de outubro de 2024. Após interpelação dos vereadores socialistas, foi tornado público que o investimento tinha duplicado, a obra apenas se tinha iniciado em 2023 e não estava concluída devido à falta de um correto planeamento prévio. Assim, de acordo com Miguel Gavinhos que:
o investimento inicial subiu para cerca de 500 mil euros, mais do dobro do que o inicialmente previsto, devido a exigências técnicas legais e técnicas não contempladas no projeto inicial;
a intervenção não contou com qualquer comparticipação externa;
houve necessidade de proceder a intervenções complementares não planeadas atempadamente ao nível do saneamento básico.
Na reunião pública do dia 1 de abril de 2025, cinco meses depois de Miguel Gavinhos ter afirmado que a obra estaria concluída em dois meses, os vereadores socialistas voltaram a interpelar o responsável pelo pelouro do Desporto da autarquia fundanense sobre este tema. Entre os lamentos por esta “obsessão” socialista, foi tornado público que os custos da obra se aproximaram dos 600 mil euros e prometido que a infraestrutura estaria em pleno funcionamento durante o torneio de final de época organizado pelo CAF.
Atendendo à relação que se pode estabelecer entre o número de anúncios efetuados e o aumento do valor final do investimento, fazemos votos que promessa de 1 de abril não passe disso mesmo, mais uma promessa.

Sergio Mendes