Proença-a-Nova está a reflorestar áreas atingidas pelos incêndios
A reflorestação das áreas atingidas pelos incêndios nos últimos anos juntou representantes da Fundação Repsol, da Secretaria Geral do Ambiente, da APA e do ICNF, em Coutada, Proença-a-Nova, no dia 8 de maio.
A visita foi organizada pela Syslvestris Metsä e integrou as atividades da Comissão de Acompanhamento do Mercado Voluntário de Direitos de Carbono, criada no âmbito do protocolo assinado entre a Fundação Repsol, o Grupo Sylvestris e o Ministério do Ambiente e Alteração Climática em 2023.
Vários representantes da Fundação Repsol de Portugal e Espanha, da Secretaria-Geral do Ambiente, da APA – Agência Portuguesa do Ambiente e do ICNF – Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas estiveram em Coutada, Proença-a-Nova, para conhecer a evolução dos projetos de reflorestação das áreas afetadas pelos incêndios e o seu impacto no desenvolvimento territorial.
A visita foi organizada pela Sylvestris Metsä, empresa participada da consultora ambiental espanhola Grupo Sylvestris que recentemente adquiriu parte do capital social da consultora florestal portuguesa Metsä, e integrou as atividades da Comissão de Acompanhamento do Mercado Voluntário de Direitos de Carbono, criada no âmbito do protocolo assinado entre o Ministério do Ambiente e Alteração Climática, a Fundação Repsol e o Grupo Sylvestris em 2023.
Coutada é uma das muitas áreas florestais do território português onde a Sylvestris Metsä tem vindo a intervir nos últimos anos em parceria com diversas entidades e empresas nacionais e internacionais.
No concelho de Proença-a-Nova foram feitas intervenções em 4 propriedades e na que foi visitada pela Comissão plantaram-se 61.250 sobreiros (Quercus suber), pinheiros-bravos (Pinus pinaster) e medronheiros (Arbutus unedo), em conjunto com a Priceless Planet Coalition, tendo sido já efetuadas as retanchas.
Entre novembro de 2022 e fevereiro de 2024, a intervenção neste terreno particular com 45 ha que renasceu, literalmente, das cinzas depois ser severamente fustigado pelo fogo em 2017, contabilizou 301 horas de trabalho de máquinas e 111 jornas de plantação manual de espécies autóctones com recurso à contratação de empresas e trabalhadores locais.
Um fator importante que potencia a regeneração dos ecossistemas e a fixação de pessoas em territórios do interior ameaçados pela desertificação evidenciado no projeto de arborização de Coutada por António Nora, da Sylvestris Metsä.
Este apontou o “nível elevado de degradação” da propriedade que se procurou “colmatar através da plantação de espécies adaptadas à região, controlando a qualidade da obra para garantir que aquilo que se instala é uma floresta que tem viabilidade no futuro e desenvolva a economia local”.
Javier Torres, diretor de Impacto Social da Fundação Repsol, esteve entre os elementos da comitiva que conheceu a propriedade de Coutada, assim como Joaquim Reis, responsável pela Fundação Repsol em Portugal, tendo o último destacado o “impacto social, ambiental e económico destes projetos de reflorestação de grande escala que vai gerar oportunidades de emprego no meio rural e contribuir para o desenvolvimento da economia local e da coesão territorial”.
Por sua vez, Enrique Enciso, do Grupo Sylvestris, também sublinhou as consequências positivas destes projetos nos territórios para “gerar um mundo de árvores com o maior impacto possível na sociedade”. Quanto aos resultados do protocolo assinado em 2023, associado ao projeto Motor Verde +Floresta, referiu que aguardam a legislação do governo português, estando a colaborar para que o processo seja célere e permita aplicar o financiamento de “grandes empresas que querem compensar a sua pegada de carbono de forma voluntária”.