
Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela propõe apoios para as empresas do têxtil e vestuário
Com as exportações de têxteis e vestuário das empresas da região das Beiras e Serra da Estrela a registar uma quebra de quase 30%, a CIM BSE apela ao Governo para reforçar os apoios e evitar o aumento do desemprego e dos problemas sociais no futuro próximo.
De acordo com a análise aos dados do Instituto Nacional de Estatística, a região das Beiras e Serra da Estrela registou uma quebra de cerca de 30% nas exportações de têxteis e vestuário em 2020, sendo uma região particularmente atingida pelos efeitos económicos causados pela pandemia deCOVID-19. No subsector do vestuário de tecido, essa redução foi ainda superior. A quebra nos negócios nestes sectores pode ter implicações sociais graves no futuro a curto prazo, sobretudo porque a indústria têxtil e vestuário é muito representativa no total de trabalhadores da indústria transformadora da região.
No contacto com as empresas dos sectores, a Comunidade Intermunicipal percebeu que não existem perspetivas de retoma nos principais mercados europeus – que representam 75% das exportações de têxteis e vestuário da região – nos próximos meses, temendo, por isso, pelos efeitos devastadores que isso possa ter nas empresas e no emprego na região.
A CIM BSE considera importante que o Governo reforce os apoios a estas empresas, permitindo o acesso ao regime de layoff simplificado e aumente as subvenções previstas para a formação para que seja possível suspender parcial e temporariamente a atividade industrial, sem perda de postos de trabalho, o que consideram ser fundamental para o equilíbrio económico e social da região.