Mais Beiras Informação

Diretor: Paulo Menano

Estórias d’aqui: Quando o único Código que importa é o da Poupança


João Miguel é o contador desta estória.

Sócio do supermercado Código Poupança, em Fornos de Algodres, é aqui que vamos encontrar João Miguel. Em setembro de 2015 surge a ideia de criar este supermercado ao fundo da vila, que depois de concretizada, vem trazer, segundo João Miguel, um atendimento diferenciado aos consumidores.

Além do Código Poupança, em 2020 criam o Código Casa, na Estrada Nacional 16, mais direcionado para os produtos de interior, limpezas e arrumação, mas também com a mesma gerência.

Segundo este jovem, o maior contratempo até agora encontrado, foi a escassez de fregueses que se faz sentir em Fornos, porque a população não é muita. Além deles, há ainda um concorrente direto, localizado no centro da vila, que dificulta o trabalho a este empreendedorismo.

Face à problemática da pandemia, João Miguel e o seu empreendimento meteram mãos á obra, para poder continuar a oferecer os seus serviços aos consumidores, e assim, através de entregas ao domicilio puderam fazer face às dificuldades do confinamento. Quanto às mudanças na loja, o empresário afirma terem implementado dispositivos que permitem a proteção dos operadores de caixa, porque o restante espaço, estava já bem demarcado e permitia uma boa circulação da clientela, mesmo antes do vírus.

Para o fornense, não é o medo que impede a deslocação das pessoas aos comércios, mas sim a falta de meios económicos. Acima da crise de saúde, está a crise económica, que impede o melhoramento das coisas, e a insegurança e mudança que ocorreu na vida de algumas famílias, leva a crer que os clientes têm uma postura diferente face à compra de produtos.

Embora o Código Poupança tenha conseguido fazer face às adversidades dos tempos, João Miguel relembra todas as empresas que não resistiram, e fala na pouca ajuda que o Estado fornece aos investidores destes negócios locais, que muito foram afetados pela Pandemia.

Desengane-se quem acredita que a crise não afetou este setor económico. A redução de postos de trabalho no inverno do passado ano de 2020 também teve de ser uma solução. João Miguel acredita que já não se planeiam os verões como antigamente, e se olha agora para o negócio com mais calma, antes de se fazerem investimentos ou contratações de pessoal para reforço da equipa.

Além dos preços que afirma serem mais baixos, o jovem empreendedor, relembra também o conceito de proximidade e a família que se constrói ao longo do tempo.

Para João Miguel, o que falta em Fornos são pessoas, sem as quais o seu negócio não pode funcionar.

Desta vez, a rúbrica fez-se com sol, mas nem por isso a clientela saiu à rua.