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NeuroCEDE: um projeto fora da caixa
O nome NeuroCEDE surge ainda em fase de projeto, segundo dita Susana Gomes, uma das responsáveis. Para ser um nome chamativo, e que aliasse a parte neurológica à sigla CEDE – Centro Especializado em Demências e Envelhecimento, nasceu assim a iniciativa.
O projeto, pela mão da Associação de Promoção Social de Fornos, surge através do Programa +Coeso, que apoia projetos de empreendedorismo social, veio contribuir para a melhoria do quotidiano dos utentes afetados por problemas neurológicos no concelho de Fornos.
Embora o foco deste projeto sejam as demências, o NeuroCEDE surge também de forma a prevenir e fazer o despiste de outras doenças cognitivas. Segundo Susana Gomes, o objetivo neste estágio do projeto, é de chegar ao máximo de pessoas possível, que tenham algum declínio cognitivo, fazendo-lhes o despiste, para poder perceber se há uma patologia associada ou se é apenas um traço do envelhecimento da pessoa.
Segundo Susana Gomes, além da prevenção e sinalização, a equipa desloca-se a casa das pessoas, com objetivo de fazer nos utentes já sinalizados uma estimulação cognitiva, com algumas atividades, para que as habilidades ainda preservadas possam persistir, e as que se encontram em declínio, possam ver o declínio retardado.
O acompanhamento de cada utente é personalizado, assim o afirma Inês Sarmento, a Psicóloga do projeto. Após a avaliação de cada um, as profissionais personalizam o tratamento de cada utente, tentando adaptar as atividades àquelas que os doentes já executavam antes do aparecimento da doença.
A questão pandémica fez com que o programa se fizesse individualizado, mas também proporcionou aos profissionais a oportunidade de conhecer melhor os seus utentes e deste modo organizar atividades consoante a necessidade de cada um.
A Associação, é segundo José Fernando Tomás, Presidente da APS de Fornos, o motor desta iniciativa. Além dos vários projetos já em andamento, a APS necessitava, segundo o Presidente, desta vertente, para colmatar as falhas que pudessem ainda existir.
Através da vivência das ajudantes familiares, a Instituição tentou adaptar os serviços às necessidades dos seus utentes.
“Tem-se vindo a tentar implementar o projeto, e através do programa +Coeso, surge o NeuroCEDE, e foi posto em prática.”, afirma o Presidente.
José Fernando afirma que se a candidatura não fosse aceite, teriam tentado outro programa porque é uma iniciativa necessária no concelho.
A pretensão de enquadrar esta iniciativa no apoio domiciliário é, segundo o presidente da APS, útil para evitar agravamentos da doença, e permitir a sua deteção mais atempada.
O início do projeto foi pelas diretoras técnicas, que faziam chegar informações sobre os pacientes e reportavam as situações.