Mais Beiras Informação

Diretor: Paulo Menano

Autárquicas 21: Entrevista a João Ramos Almeida, candidato do PS à freguesia de Erada (Covilhã)


Após quatro anos de mandato, retomam agora as eleições para as Autárquicas 2021 e o Mais Beiras Informação decidiu ir ao encontro dos candidatos, colocando-lhes algumas questões, para que possam partilhar a sua visão e planos para o futuro do Município a que se candidatam. João Ramos Almeida é o candidato do PS à freguesia de Erada, na Covilhã.

 

Quais os motivos da sua candidatura a estas Autárquicas e quais os pilares da mesma?

Decidi voltar a recandidatar-me porque acredito na minha equipa e porque temos projetos começados e muito ambiciosos, importantes para o desenvolvimento da freguesia da Erada, que pretendemos consumar nesse próximo mandato. O próximo mandato será de continuidade em relação ao trabalho que tem vindo a desenvolver desde 2013. Os pilares da minha recandidatura assentam na honestidade, transparência, trabalho em equipa e proximidade.

Como vê o facto de ser candidatura única à freguesia?

Por estranho que pareça, não temos oposição, encabeço uma candidatura única, embora considere que para a democracia a oposição seja fundamental. Estou tranquilo com esta realidade, porque não será por isso que exigiremos menos de nós próprios e que não lutaremos e trabalharemos com igual afinco. O facto de sermos candidatura única também não nos demoverá de prestar contas em relação ao mandato que está prestes a terminar, de recolher contributos e de debater com todos o futuro da Erada e Trigais.

Quais os setores/áreas/investimentos que considera importantes impulsionar ou melhorar a freguesia?

Consideramos que a criação de postos de trabalho e a fixação de pessoas na nossa freguesia constituem o maior dos desafios, quer para nós como para a maioria das freguesias do interior. Não se revela fácil, mas estamos determinados em dar o nosso melhor contributo nesse sentido. Incentivar o turismo rural e a realização de atividades que chamem gente à Erada também é para nós fundamental. Esta pandemia veio amornar e esmorecer em muito os eventos culturais pelo que impulsionar essa retoma será deveras importante.

Qual a análise que faz aos últimos quatro anos da freguesia?

Vivemos tempos difíceis, principalmente nestes últimos quase 2 anos, em que o medo se instalou e o país parou. Perante esta realidade difícil, apesar de todos os receios, tentamos apoiar a nossa comunidade de forma muito próxima, mantendo em segurança os mais vulneráveis. Esta pandemia trouxe o pior e também o melhor de cada um e veio unir a nossa comunidade, trabalhando em conjunto, tentado gerir da melhor forma os perigos associados. Apesar disto não se revestir de paredes e muros, foi uma parte muito importante deste mandato, de que eu e a minha equipa nos sentimos orgulhosos. Modéstia à parte, a forma como lutamos contra a pandemia e protegemos a nossa população distinguiu-nos dos demais. A par de tudo isto, tentamos manter a nossa freguesia limpa e realizar os melhoramentos que nos foi possível. Finalizamos o mandato, agora, com uma obra muito necessária que foi a reparação das ruas e o asfaltamento da Estrada Municipal 510 por parte da Câmara da Covilhã.

Como olhar para os dados dos últimos Censos da freguesia divulgados em Julho pelo INE?

Para ser franco é com desânimo que olho para estes resultados e as perspetivas futuras são de um decréscimo de população ainda maior. Mas resta manter-nos firmes e tentar contrariar ao máximo essa tendência de desertificação, uma tarefa que se revela difícil, como já disse, e aceitamos ideias para o conseguir de forma mais objetiva.

Falando de uma freguesia localizada num concelho situado no Interior, que políticas acredita serem necessárias implementar pelo Governo para diminuir o despovoamento e a desertificação desta região?

Compreendo que não é fácil, mas considero que a centralização de escolas, serviços, serviços de saúde, etc, dificulta ainda mais a tarefa de contrariar o despovoamento. É preciso um novo olhar por parte do Poder Central para com o interior do país. Os autarcas, sozinhos, não conseguem contrariar esta tendência. Investimentos com criação de postos de trabalho nas freguesias poderia ser uma esperança para o futuro.

 

Fernando Gil Teixeira