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Viseu com orçamento de 140 milhões de euros para 2022


O orçamento de Viseu para 2022, o “maior de sempre” e “amigo do cidadão”, no valor de 140,4 milhões de euros (ME), foi ontem aprovado pela maioria social-democrata na Câmara, com abstenção da oposição socialista, disse o presidente do município.

“Temos um orçamento da Câmara que é o maior de sempre, tem previstos 140,4 ME e está distribuído da seguinte forma: 119 ME são do orçamento do município propriamente dito e mais 21,4 ME que têm a ver com o orçamento dos serviços municipalizados”, anunciou Fernando Ruas.

Na conferência de imprensa, após a reunião do executivo, o autarca reconheceu que o documento “é marcadamente um orçamento que tem muitas daquilo que resulta do trabalho anterior, assim como das opções que se fizeram, nomeadamente com as empreitadas que foram decididas”.

Fernando Ruas lembrou que o seu executivo tomou posse em 13 de outubro e, por isso, o orçamento para 2022 “está influenciado por aquilo que foram as decisões legítimas tomadas anteriormente”.

Com isto avisou também que decidiu “manter o desconto na fatura da água, para 2022, uma redução de 20% para as famílias” e, para 2023, o executivo, “naturalmente”, vai “analisar pormenorizadamente todas estas questões”, nomeadamente os impostos municipais.

“Mantivemos algumas das decisões anteriores que foram tomadas em situação pandémica ainda mais extrema da que vivemos, mesmo assim decidimos manter tudo o que vinha do executivo anterior”, assumiu.

Ruas considerou que o orçamento “tem uma fiscalidade bem amiga, é mesmo amiga do cidadão”, uma vez que “a Câmara poupa, ou devolve aos cidadãos, uma quantia de 8,45 ME”, uma “receita de que a Câmara abdica devolvendo aos cidadãos, fruto das reduções que faz nas taxas e nos impostos municipais”.

“É um orçamento que consegue um objetivo que os serviços tentam cumprir, ou seja, as receitas correntes superiores às despesas correntes, o que significa que aquilo que se podem poupar alguns montantes para investimento e este orçamento tem esta particularidade”, defendeu.

Os vereadores socialistas da oposição, liderados por João Azevedo, também em conferência de imprensa, assumiram que o documento passou “com a abstenção” do PS, porque o presidente “deu continuidade ao executivo anterior sem ter a ambição e a originalidade” de elaborar um orçamento “adequado aos tempos de hoje”.

“Os viseenses esperavam uma mudança de ciclo na intervenção do concelho e também porque houve um aumento da despesa corrente de 10 ME, ou seja, este documento está muito marcado por uma herança de investimento cofinanciados e, ao mesmo tempo, tem, na atualidade, um aumento de despesas correntes na ordem dos 10 ME”, justificou.

João Azevedo considerou ainda que se Fernando Ruas “fosse coerente com as declarações públicas e políticas que fez, nos últimos meses e anos, este orçamento e este plano” não teriam o seu voto se “estivesse na oposição”.

Fonte: Lusa