Cineclube Gardunha dedica setembro às mulheres e ao Fatela Sónica
Setembro é mês de Fatela Sónica, o festival que se define como “o verdadeiro ajuntamento de almas intrépidas, combativas e desalinhadas” e ao qual o Cineclube Gardunha se irá associar, numa homenagem à “equipa e guerreiros” que organiza essa iniciativa.
Este mês será igualmente uma homenagem às mulheres, ao feminino e ao seu poder. Filmes realizados por mulheres ou por elas protagonizados serão quase todos.
No dia 10 de setembro, às 21h00, n’A Moagem – Cidade do Engenho e das Artes, será exibido o filme “Não Esperes Demasiado do Fim do Mundo”, do romeno Radu Jude, que é com certeza punk, pois subverte regras, provoca. Inventa, sempre meio cego e meio surdo para as tendências. Esta película movimenta-se nos meandros e nas lixeiras éticas do apelidado audiovisual e é tudo menos facilmente definível.
Nos dias 17 e 19 de setembro, n’A Moagem e no recinto da Fatela Sónica, respetivamente, a grande protagonista será a realizadora Francisca Marvão e as Mulheres. Escolhida pelo festival e pelo Cineclube Gardunha como “uma grande representante de uma certa imagem, ética e modo de vida punk e sobretudo livre, com certeza uma alma intrépida, combativa e desalinhada” será exibido o seu filme “Ela é uma música”, de 2019, numa “viagem de descoberta pelo mundo do rock em Portugal, na voz das suas ilustres desconhecidas: as mulheres”. No dia 19, no recinto na Fatela, serão exibidas cenas de “Quem tem medo de Zurita de Oliveira?”, um documentário pioneiro e esquecido do rock em Portugal. Produzido a partir de crowdfunding, pretende-se contribuir para a finalização desta obra. Depois da projeção haverá um DJ Set levado a cabo por mulheres. A entrada para esta sessão de filme e música reverterá para a finalização do filme.
Nos dias do festival o coletivo Profound Whatever irá musicar dois clássicos do cinema mudo português: Os Crimes de Diogo Alves (1911), de João Tavares, e A dança dos Paroxismos (1929), de Jorge Brum do Canto.
No dia 24 de setembro, de volta à Moagem, mas ainda com atitudes punk, um dos nomes “mais inclassificáveis da arte contemporânea”: Alice Rohrwacher. A Quimera é a película que será exibida, tendo a seguinte descrição: “um arqueologista britânico junta-se a um grupo de caçadores de tesouros… Um Orfeu procura a sua quimera, a mulher perdida que um dia amou…”.
Para o fecho do mês, o terceiro filme do ciclo Filme Rurais Americanos, realizados num período clássico, indo o Cineclube Gardunha pela primeira vez à Póvoa de Atalaia, numa sessão ao ar livre no largo da Igreja, no sábado, dia 28 de setembro, às 21h00. A película exibida será “Meia-Noite Negra”, de Budd Boetticher”, filmado em cenários reais sumptuosos, cheio de cavalos e de paixões desenfreadas.
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