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Diretor: Paulo Menano

Eleições para a AF Guarda foram canceladas por falta de escritura pública


Três candidatos apresentaram-se a eleições ao próximo quadriénio da Associação de Futebol da Guarda (AFG): o antigo árbitro Luís Brás, o atual presidente do Conselho de Disciplina José Paulo Sarmento e o ex-atleta José Tavares. O acto eleitoral estava marcado para sábado dia 27 de julho, mas foi cancelado depois de se saber que faltava a escritura pública necessária à última alteração estatutária.

Amadeu Poço, atual presidente, não se recandidatou, depois de ter liderado a AFG por cinco mandatos consecutivos.

As listas foram informadas de que “o acto eleitoral deve ser dado sem efeito”, por falta de escritura pública da última alteração estatutária, realizada já em 2021. A verdade é que em reunião de direção no dia 23 de janeiro de 2024, conforme a ata nº 91, já havia sido proposta a realização de uma escritura pública para a última alteração estatutária de 2021, até porque a realizada em 2016 também não tinha tido escritura. A proposta foi na altura aprovada por 4 votos, 2 contra e 1 ausente, mas a verdade é que a mesma acabou por não ser feita, sendo agora novamente problema impeditivo do ato eleitoral e por isso mesmo levando ao cancelamento e respetivo adiamento das eleições deste sábado. Quem levantou esta questão que levou ao cancelamento das eleições foi a lista do candidato José Paulo Sarmento, enquanto José Tavares indagou se os estatutos estavam homologados na FPF, isto tudo depois das entregas das candidaturas.

Entretanto, a Lista A, encabeçada por Luís Brás, já demonstrou o seu descontentamento com esta situação, levantando outro pormenor que deixa muitas dúvidas. A lista refere que pediu para consultar o processo eleitoral, sendo que foram identificados 295 votos de subscrições às listas, num documento que referia que cada lista para ser válida precisava de pelo menos 10% do total de subscrições, ou seja, 30 votos. Segundo a lista A, esta lista teria 147 votos em subscrições, o que significa um total de praticamente 50%. A Lista B foi subscrita com 35 votos, o que daria validade à mesma, mas na qual está um clube com direito a 6 votos cuja subscrição foi assinada supostamente por “elementos sem pertencerem aos quadros sociais”, o que invalidaria a mesma lista. Já a Lista C teve apenas 25 votos, não chegando ao mínimo exigido.

Aguardam-se agora por novos desenvolvimentos legais e estatutários quanto a este assunto, não existindo neste momento qualquer data prevista para o acto eleitoral, nem quais serão afinal as listas candidatas validadas para irem a votos.

Um comunicado da AFG referiu entretanto que “deve ser convocado novo ato eleitoral, após efetivo registo na Conservatória do Registo Predial e Comercial dos últimos estatutos da A.F.G, aprovados em Assembleia Geral de 30 de dezembro de 2021.”