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Diretor: Paulo Menano

Exposição celebra 10 anos do Campo Arqueológico de Proença-a-Nova


Celebrar os trabalhos desenvolvidos no Campo Arqueológico de Proença-a-Nova ao longo dos últimos 10 anos é o objetivo da exposição patente até ao dia 15 de setembro no Posto de Turismo de Proença-a-Nova.

Inaugurada no dia 8 de julho, a exposição apresentada é essencialmente informativa, com cartazes e folhetos, contando também com alguns dos materiais recolhidos nas investigações e complementada pelo livro ‘Proença-a-Nova: Arqueologia e Património construído’, lançado em julho de 2021 e também ele considerado uma retrospetiva histórica sobre o trabalho desenvolvido e ainda sobre a ocupação dos territórios de Proença-a-Nova do ponto de vista arqueológico.

“Esta exposição é uma retrospetiva dos trabalhos realizados em dez anos de Campo Arqueológico, projetando-se em mais de dez sítios arqueológicos diferentes, de diferentes épocas”, explica João Caninas, diretor do Campo Arqueológico de Proença-a-Nova.

O arqueológo aponta ainda que ao longo dos anos o grupo teve sempre a intenção de diversificar os locais de investigação: “temos várias pessoas com diferentes especialidades em matéria de arqueologia e estamos interessados em explorar várias realidades no concelho. Procurámos diversificar os locais de investigação, para que possam haver mais lugares disponíveis para serem visitados, porque ao estudarmos estes sítios, tornamo-los visitáveis, geramos informação sobre eles e contamos as histórias de cada um deles”.

O Campo Arqueológico de Proença-a-Nova é considerado um ‘Campo-Escola’ e encontra-se direcionado para estudantes de arqueologia e de outras especialidades relacionadas, estando inclusivamente acordadas parcerias com a Universidade do Porto, de Coimbra, de Évora, do Algarve e ainda da Universidade Autónoma de Lisboa.

Para a 11ª edição do Campo Arqueológico de Proença-a-Nova 2022 estão planeadas atividades em três campos, tendo o primeiro, na Bateria das Batarias, sido iniciado e entretanto suspenso no decorrer da segunda semana, devido às proibições impostas pelo Governo via despacho, que impediam este tipo de trabalhos em áreas florestais até ao dia 15 de julho, estando ainda a ser aguardada atualização.

Espera-se que o segundo campo possa ser iniciado na próxima segunda-feira, dia 18 de julho, na Capela Velha do Peral, e o terceiro campo, a ter início previsto para 29 de agosto, com base na exploração da Sepultura Pré-Histórica.